Mercado brasileiro da soja fecha o dia em baixa

Notícias Agrícolas

Nesta quinta-feira (3), os preços da soja nos portos chegaram a testar algumas altas, a se manter estáveis, porém, fecharam os negócios em campo negativo, com baixas mais de 1%. Além da pouca movimentação em Chicago, afinal, os valores sentiram ainda o dólar em baixa frente ao real.

No terminal de Paranaguá, R$ 76,00 no disponível e R$ 77,00 por saca, no mercado futuro, com baixas respectivas de 1,3% e 1,28%. Em Rio Grande, a saca no mercado spot encerrou a quinta com R$ 76,50 e, no futuro, a R$ 79,00, perdendo 1,29% e 1,25%. Em Santos, a perda foi mais intensa - 2,78% - e no terminal paulista a oleaginosa encerrou o dia valendo R$ 77,00.

Os negócios seguem lentos no Brasil e o feriado do meio da semana - comemorado nesta quarta-feira, 2 de novembro - esfriou ainda mais as operações. O momento, de fato, não é favorável para novas vendas e os produtores se mantêm, portanto, retraídos, como explicam analistas e consultores.

Internamente, os compradores também se mostram mais na defensiva, com margens mais ajustadas e evitando operações muito agressivas. "Desta forma, estamos sem pressão dos dois lados", explica o consultor da Brandalizze Consulting.

Já no interior do país, os preços não obedecem a um movimento comum e caminham de forma mais regionalizada. Nesta quinta, as cotações nas praças gaúchas fecharam o dia com estabilidade - com valores entre R$ 66,50 e R$ 67,50 por saca - enquanto as paranaenses cederam de 0,75% a 2,60% e fecharam o dia com algo entre R$ 66,50, em Ubiratã, Londrina e Cascavel, e R$ 75,00 em Ponta Grossa.

Na contramão, alta de 1,41% em Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, ambas em Mato Grosso, para R$ 72,00 por saca. Em Avaré, praça paulista, ganho de 4,285 para R$ 71,32 por saca. Já em Goiás, no Oeste da Bahia e no Mato Grosso do Sul as cotações também cederam nesta quinta.

Segundo Glauber Silveira, presidente da Câmara Setorial da Soja, o momento é mesmo de atenção dos produtores e de espera por melhores oportunidades. Assim, será necessário acompanhar os principais fatores de formação dos preços - Chicago, dólar e prêmios -, principalmente porque em Mato Grosso, por exemplo, há muitos produtores que fizeram sua tomada de crédito em dólares e precisam fechar seus preços na mesma moeda.

Nesta quinta-feira, a divisa encerrou o dia valendo R$ 3,2360 perdendo 0,16%. "A alta (anterior) de certa forma já trouxe o dólar para um nível confortável de preço, o que dificultou correções adicionais no pregão de hoje", comentou o operador da corretora H.Commcor, Cleber Alessie Machado em entrevista à agência de notícias Reuters.



Data da Notícia: 04/11/2016
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.