Diário Catarinense
A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias 2015 aponta que 61,6% das estradas avaliadas em Santa Catarina apresentam algum tipo de deficiência, sendo que o estado geral delas é classificado como regular, ruim ou péssimo. Somente 38,4% têm índice entre ótimo e bom. Além disso, 42,3% da extensão pesquisada têm pavimentação desgastada. A estimativa é de que são necessários R$ 2 bilhões de investimentos para a reconstrução, a restauração e a manutenção dos trechos danificados.
A CNT percorreu 3.165 quilômetros de rodovias no Estado entre os meses de junho e julho deste ano. No Brasil, foram mais de 100 mil quilômetros avaliados. No ano passado, o mesmo levantamento apontou que 59,7% das rodovias de Santa Catarina eram classificadas entre ruim e péssimo. Com exceção dos critérios de sinalização, todos os demais itens, como pavimentação e geometria da via, tiveram uma piora do quadro avaliado em relação a este ano.
Para o secretário executivo da Câmara de Transportes Logísticos da Fiesc, Egídio Martorano, o estudo apresentado reforça a necessidade urgente de manutenção das rodovias catarinenses, que estão em condições precárias, diz.
– Na BR-282, uma terceira faixa amenizaria o problema. Precisamos de uma melhor fiscalização e gestão de obras. Para cada real que se deixa de investir em manutenção, gasta-se dois reais para restaurar – avalia Martorano.
Entre as rodovias mais importantes do Estado – as BRs 101, 282, 280 e 470 –, há pouco avanço e apenas melhorias pontuais em determinadas classificações, como por exemplo na BR-280, onde a análise de sinalização passou de regular para bom, e na BR-282, na qual a geometria da via em 2014, avaliada como regular, passou para ruim em 2015.
SEGURANÇA É REDUZIDA E CUSTO DE MANUTENÇÃO TEM AUMENTO
Durante a pesquisa da CNT foram identificados pelo menos quatro trechos com erosões na pista, duas quedas de barreiras e seis buracos de proporção grande. Ainda de acordo com o estudo, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 28,6% no transporte rodoviário. A CNT observa também que as rodovias com deficiência reduzem a segurança e aumentam o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível.