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Dentro do previsto – isto é, sem nenhuma surpresa para quem vem acompanhando a evolução do mercado – o frango vivo obteve, ontem (11), nova alta de cinco centavos. Assim, tanto em Minas Gerais como em São Paulo foi comercializado por R$2,50/kg, acumulando nos primeiros 11 dias do mês incrementos de preço de, respectivamente, 31,6% e 16,3%.
Para a imagem do setor, infelizmente, esse incremento se concentra todo em junho e, com certeza, vai fazer com que o frango seja um dos argumentos para justificar a inflação do mês. Exatamente como ocorreu com o tomate em maio.
Nesses casos, sempre se esquece dos antecedentes de tal tipo de alta. Veja-se, como modelo, o ocorrido com o frango vivo em Minas Gerais: obteve em junho, até ontem, 60 centavos de reajuste (+31,6% em relação ao preço alcançado em 31 de maio). Mas antes que isso ocorresse perdeu, em pouco mais de dois meses, 70 centavos do preço então obtido.
Ou seja: o ganho atual ainda não repõe o que foi perdido no ano. E o que foi perdido em 2015 não leva em conta o melhor preço já atingido pelo frango vivo mineiro – R$3,05/kg, no agora longínquo início de 2013. Neste exemplo, mesmo com a recuperação atual, o frango vivo ainda acumula uma perda de 55 centavos.