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A recente divulgação, pelo IBGE, do volume de frangos abatidos em 2015 em estabelecimentos sob inspeção, enseja a confrontação do total divulgado com os abates das empresas líderes do setor avícola – BRF e JBS – cujos abates são 100% inspecionados. E a conclusão é a de que, juntas, elas respondem por metade do abate inspecionado.
O percentual exato obtido a partir dos balanços das duas empresas é 52,3%. É preciso convir, no entanto, que no total divulgado – pouco mais de 3 bilhões de cabeças – estão inclusos perus e alguns outros tipos de aves. Assim, o mais provável é que o total relativo especificamente aos frangos fique em torno dos 50%, pouco mais, pouco menos.
Vale notar, de toda forma, que uma parcela bem menor da carne proveniente desses abates é colocada no mercado interno sob a forma in natura. Em 2015, por exemplo, as duas empresas venderam interna e externamente perto de 4 milhões de toneladas de aves. Internamente, a JBS colocou 15% desse total e a BRF, 10%. Ou seja: 75% das vendas de aves in natura das duas empresas (cerca de 3 milhões de toneladas) foram destinadas ao mercado externo.
Contrapostas à produção brasileira em 2015 (13,146 milhões de toneladas de carne de frango, conforme a ABPA), as vendas de produto in natura das duas empresas representaram 30% do total. Levar em conta, porém, que o número da ABPA refere-se ao volume produzido, enquanto os da JBS e BRF referem-se a vendas efetivadas