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Em seu levantamento de preços no varejo visando ao IPCA, o IBGE demonstra que o frango (inteiro e seus cortes) registrou evolução de preços inferior ao do índice oficial de inflação, que acumula incremento de 4,08% nos 12 meses encerrados em abril de 2017. Ou seja: apenas o ovo registra variação superior àquele índice, superando-o em 5,66 pontos percentuais.
Ao frango, em primeiro lugar: pela média nacional, nos últimos 12 meses o preço do frango inteiro apresentou variação de apenas meio por cento. Mas em quatro capitais (São Paulo, Vitória, Salvador e Recife) a variação registrada nesse período foi inferior à dos 12 meses anteriores.
Em relação aos cortes de frango o número de capitais com preços negativos foi mais amplo: seis ao todo. Neste caso o retrocesso envolveu Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Goiânia, Fortaleza e Belém.
No ovo, o retrocesso ficou restrito a uma capital: Salvador. Nas 12 demais acompanhadas pelo IBGE o incremento em 12 meses variou desde uma relativa estabilidade (apenas 0,03% em Belém) até, quase, 20% de acréscimo (em Belo Horizonte, 19,37%).
A despeito de, com a valorização mais recente, vir superando a inflação acumulada, em prazo mais longo os preços do ovo apresentam evolução bastante inferior à dos índices inflacionários. Assim, por exemplo, em relação ao IGP-DI acumulado na vigência do real (isto é, desde meados de 1994), o ovo acumula evolução de 316,7%, enquanto a inflação calculada pelo índice da Fundação Getúlio Vargas chega a 546,6% - perto de 230 pontos percentuais a mais.