Influência de frangos e ovos no IPCA

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Como vinha sendo previsto, as carnes foram consideradas as maiores responsáveis pela inflação de setembro passado, pois, ao aumentarem 3,17% em comparação ao mês anterior, tornaram-se as principais contribuintes do aumento do índice geral que, no mês ficou em 0,57%, acumulando no ano e em 12 meses variações de, respectivamente, 4,61% e 6,75%.

A carne de frango não entra nesse cômputo, que considera apenas as carnes bovina e suína. Mas também ganhou citação, já que os cortes saíram de uma redução de 1,19% em agosto para um aumento de 1,68% em setembro, enquanto o frango inteiro registrou, no mês, variação positiva de 1,18% (queda de 0,60% em agosto).

É interessante notar, entretanto, que esse incremento se refere apenas ao último mês, pois, no acumulado dos últimos doze meses, o frango inteiro registra variação bem aquém (+3,60%) daquela acumulada no índice geral (+6,75%), isso se aplicando também ao ovo que, pelo IBGE, registrou em 12 meses variação de 3,81%. Assim, só os cortes de frango, com aumento de 7,92%, tiveram variação acima da inflação, mesmo assim ficando aquém do grupo “alimentos e bebidas”, que aumentou 8,21%.

No quadro abaixo, a variação acumulada pelo IPCA nas onze capitais pesquisadas pelo IBGE. O quadro inclui frango inteiro, frango em pedaços, ovo de galinha e a média de aves e ovos (em 12 meses, +5,21%) Para comparação, o quadro é completado com a variação do índice geral e do índice relativo a alimentos e bebidas.

Notar que, no tocante ao frango, apenas uma praça (Curitiba) registra evolução negativa de preço (-5,03% no frango inteiro). Já em relação ao ovo o preço é negativo em cinco capitais – Rio de Janeiro, Recife, Distrito Federal, Salvador e Curitiba.