A infecção urinária é uma doença endêmica que afeta a suinocultura, especialmente na criação intensiva de suínos. Caracterizada como uma patologia multifatorial, diversos fatores de risco contribuem para a alta prevalência dessa enfermidade, sendo a bactéria Escherichia coli a mais frequentemente isolada nos casos de infecção urinária.
Embora a infecção urinária possa ocorrer tanto em machos quanto em fêmeas suínos, ela tende a ser mais comum nas fêmeas. Essa tendência é atribuída às diferenças anatômicas e variações fisiológicas das fêmeas, como o cio, a gestação e o parto, que as tornam mais suscetíveis à colonização patogênica da bexiga.
Durante a fase de reprodução na suinocultura, a infecção urinária pode se tornar uma enfermidade recorrente. Esse problema é especialmente observado em fêmeas que superaram uma forma aguda da doença por meio de medicação, diminuição dos fatores de risco ou ambos.
Os sinais clínicos da infecção urinária crônica nas fêmeas suínas incluem inapetência, emagrecimento progressivo, polidipsia (aumento da sede), disúria (dificuldade ou dor ao urinar), hematúria (presença de sangue na urina), piúria (presença de pus na urina), anemia, uremia, descarga vulvar, retorno ao cio e baixa taxa de concepção.
Identificar os sinais clínicos precoces é essencial para um suinocultor prevenir e tratar a infecção urinária em seu rebanho de matrizes.