Valor Econômico
... comparação com o mesmo mês do ano passado.
O índice de preços mundiais dos alimentos, medido pela Agência para Agricultura e Alimentação (FAO) da Organização das Nações Unidas (ONU), subiu 1,9% em agosto, na comparação com julho, para 165,6 pontos, marcando a maior pontuação desde maio de 2015. Em relação a agosto de 2015, o indicador, que mede uma cesta de alimentos comercializados em tod o mundo, subiu 7%. A elevação foi causada por todos os grupos alimentares acompanhados pela FAO, com exceção dos cereais, que recuaram 3% ante julho e 7,4% na comparação com agosto do ano passado. Conforme divulgação da agência, o preço dos cereais caiu devido as perspectivas de colheita de milho abundante nos Estados Unidos e de trigo no mesmo país e em algumas federações da Europa. A própria FAO elevou suas estimativas de produção mundial de cereais neste ano em 22 milhões de toneladas, para 2,57 bilhões de toneladas. “A relação entre oferta e demanda de cereais está em 25,3%, uma situação mais folgada do que a prevista inicialmente”, diz o texto. Mas se o preço dos cereais caiu, os demais produtos mostraram forte aceleração. No caso dos óleos vegetais, a elevação foi de 7,4% ante julho, principalmente devido ao valor do azeite de palma.
O indicador para produtos lácteos subiu 8,6% na comparação com julho e 14% na comparação anual. A causa, segundo a FAO, é a queda nas expectativas de produção de leite na Europa e na Oceania. O queijo teve a maior elevação dentro do grupo. O grupo dos açúcares subiu 2,5% ante julho e assustadores 75% na comparação com agosto de 2015. “O recente aumento dos preços do açúcar se deve sobretudo ao constante fortalecimento da moeda brasileira, que em agosto caiu 2% ante o dólar, e a previsão de déficit global da commodity na temporada 2016/17”. O preço médio das carnes teve alta de 0,3% em agosto sobre julho e caiu 5% na comparação com o mesmo mês do ano passado.