Grupo no Planalto Norte foi o primeiro a se manifestar em SC

Diário Catarinense

A paralisação dos caminhoneiros em SC começou no Planalto Norte, nas primeiras horas da madrugada de ontem. O motorista Edilberto Bertoldi, 32 anos, que mora em Rio Negrinho, foi um dos primeiros a estacionar o caminhão no acostamento da rodovia. A partir de então, todos os transportes de carga que passam pela estrada são orientados a parar. Até o meio-dia havia mais de 60 caminhões estacionados em acostamentos da BR-280 e da SC-418, próximo ao Trevo dos Lençóis, que liga os municípios de São Bento do Sul, Rio Negrinho e Corupá.

Neste primeiro dia de paralisação, os grevistas liberaram cargas de alimentos perecíveis e de produtos hospitalares. Porém, a prioridade era apenas de viajantes que vieram de longe. Já os produtores rurais da região foram orientados a retornar com a carga para a cidade de origem. As rodovias não chegaram a ser bloqueadas para os veículos de passeio.

A classe está revoltada com o atuação do governo federal em função das despesas que têm se sobreposto aos lucros. De acordo com os profissionais, o valor do combustível, das taxas de pedágio e os gastos com manutenção aumentaram significativamente no último ano. Em contrapartida, os motoristas alegam que o valor do frete permaneceu o mesmo.

– Fiz um frete de Criciúma para São Bento do Sul por R$ 1,7 mil. Esse dinheiro gastei com óleo diesel e me sobrou R$ 300. O que tu faz com R$ 300 em um caminhão? Isso não é uma vergonha? – questionou Luciano Tribes, 36, que mora em Massaranduba e trabalha há 19 anos como caminhoneiro.



Data da Notícia: 10/11/2015
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