Suinocultura Industrial
Que o consumidor está cada vez mais exigente, não é segredo. Porém, para atender as exigências os produtores estão buscando diferenciais que possam evidenciar a qualidade do seu produto. E, se destacar no mercado como uma grife de carnes é o fundamento que rege a VPJ Alimentos. No mercado alimentício desde 2004, a empresa oferece carnes de qualidade diferenciada, presentes nos melhores pontos de venda em diversos Estados brasileiros.
Foi em 1993 que a VPJ Pecuária inovou na seleção de animais e melhoramento genético. Com foco na raça bovina Angus e ovinos das raças Dorper e White Dorper, a empresa tem aprimorado os cortes especiais também para a carne suína, onde a linha de frente é voltada para a produção de leitoa caipira.
Para que a produção do porco caipira seja de excelência, a VPJ Alimentos se dedica ao fomento dessas espécies para a produção de carnes nobres através da parceria com produtores. Diretor, Antônio Augusto Miranda, explica que iniciou o abate de suínos há três anos e hoje adota processo de integração. “No porco estamos há três anos com o Duroc Pork. Na suinocultura é tudo integrado, com todas as matrizes soltas. O processo de produção integrada, nesse sentido, trata-se da concentração em um parceiro. Dele exigimos que o macho seja Duroc e a fêmea solta. O abate da leitoa é feito aos 60 dias, do cevado aos 180 dias. Sendo que, nos últimos 30 dias não pode dar ração, exigimos que a alimentação seja somente milho e garantimos essa compra e o produtor já produz direcionado a nossa empresa”, conta.
A qualidade da carne caipira vem do gosto tradicional mineiro. “Sou mineiro e cozinho com gordura de porco, por isso tenho certeza que ela faz bem. Mas, de um tempo para cá, as linhagens do mundo foram retirando a gordura do porco para deixar ele mais light. Mas, tirou a gordura, tirou o sabor. Então, somos o porco lá atrás, resgatamos isso. Nossa linhagem é o Duroc que também produz carne impermeável. Fazemos porco para a grelha, com sabor, alimentado com milho na fase final para melhorar a marmoreio – o milho ajuda no sabor”, explica Miranda.
Segundo Miranda, a empresa atua com dois segmentos no abate. “Inicialmente, abatia todos com 60 dias. Hoje tenho dois projetos: a leitoa caipira de 60 dias, onde faço os cortes, assim que ela desce da creche, desmama, vai para o abate. E tenho o Duroc com cortes altos para grelha acima de 120 kg para abate” esclarece o diretor, que ressaltando que o abate de leitoas jovens garante cortes mais nobres, tenros, saborosos e suculentos.
O principal mercado que a empresa atende são as boutiques de carne. “Temos quatro próprias: em Jaguariúna, Vinhedo, Campinas e Pirassununga. E nos principais restaurantes e empórios espalhados pelo Brasil. Para produzir uma carne premium, obrigatoriamente, tem que ter um trabalho de bem estar animal, qualquer estresse na vida no animal, principalmente na fase final altera o sabor. Os animais são produzidos em sistemas semi-intensivos, com mais conforto, controle de qualidade da alimentação e manejo anti-stress, com combinação que resulta em uma carne excepcional. A qualidade da carne precisa estar em evidência. Ainda não exportamos, mas temos um grande assédio para colocar essa grife lá fora. Porém, a demanda aqui é muito alta e queremos exportar marca, grife, não commodity”, concluí.