A Granja Fazenda Brasil, administrada por Sandra Brunelli, suinocultora, engenheira agrônoma e vice-presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), é um exemplo de resiliência e profissionalização no setor. Filha de produtores, Sandra cresceu no ambiente da granja fundada pelos pais e, há 35 anos, dedica sua trajetória à atividade.
“Meu pai, um imigrante italiano, começou praticamente do zero. Eu tive nele meu grande mentor e hoje sigo dando continuidade ao legado com muito amor e coragem”, afirma Sandra, que também é formada em MBA Empresarial pela FGV, experiência que considera um divisor de águas na condução dos negócios.
Para a empresária, a gestão profissional é fundamental para manter a suinocultura competitiva. “Uma granja de suínos é, antes de tudo, uma empresa. Não basta genética e nutrição de qualidade, é preciso gestão, sustentabilidade e, sobretudo, uma equipe engajada”, reforça.A produtora destaca que a atividade enfrenta crises cíclicas e depende de fatores externos, como custos de insumos e oscilações do mercado internacional. Mesmo assim, acredita que a combinação de paixão, coragem e inovação garante a continuidade. “Recentemente enfrentamos um cenário inverso: alta nos custos de grãos e queda no preço do suíno. É em momentos assim que prevalece a coragem de acreditar no negócio”, relata.
A Fazenda Brasil vem investindo em bem-estar animal, sustentabilidade e produtividade, acompanhando tendências globais de consumo. Segundo Sandra, o desafio não está na expansão da produção, mas em “produzir mais com menos”.
“Nosso papel é acompanhar a evolução do setor, atender às exigências do mercado e preparar o negócio para o futuro. Acredito que a suinocultura ainda tem muito espaço para crescer em produtividade e profissionalização, e é com essa visão que seguimos adiante”, conclui.