Governo e caminhoneiros chegam a acordo para fim de paralisação, mas algumas estradas seguem bloqueadas

Redação AI/SI/BB

Após reunião no Ministério dos Transportes, na última quarta-feira (25/02), governo e caminhoneiros chegaram a um acordo para acabar com os protestos nas rodovias federais. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.

Pela proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.

O presidente da CNTA considerou que o acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno, os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da gravidade em que se encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”, disse Diumar, ressaltando, no entanto, que não poderia garantir o fim dos bloqueios. O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou, após a assinatura do acordo, que ele só será cumprido sob a condição do fim dos protestos. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora em que forem liberadas as estradas”, ressaltou.

Bloqueio nas Estradas

Cerca de 90 rodovias federais e estaduais ainda têm pontos de bloqueio, apesar da ameaça da Justiça de cobrar multas de até R$ 10 mil por hora para cada motorista. Na noite de quinta-feira, havia 88 interdições em estradas federais em seis Estados. Líderes da categoria em SC, PR, RS, MT e ES afirmaram discordas das propostas e qe não se sentiram representados no encontro com o governo realizado na quarta-feira. Hoje (27/02), seguem bloqueios em SC, RS, SP, até o momento.

A Advocacia Geral da União disse que aguarda comunicação da Polícia Rodoviária Federal sobre as estradas onde não foi cumprida a decisão judicial de desbloqueio. A partir daí, como em qualquer decisão de reintegração de posse, o juiz pode determinar uso da força policial. Com informações da Agência Brasil e Jornal Folha de São Paulo.



Data da Notícia: 27/02/2015
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