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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), criado para desenvolver o setor por meio do autofinanciamento, recebeu a primeira adesão de uma empresa do sul do país em abril e fica mais próximo de atingir a meta estabelecida para o ano, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).
O Grupo Schoeler Suínos, com unidades de produção nos estados do Paraná e Santa Catarina, confirmou a participação no fundo em abril, segundo informações divulgadas em nota no site da Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos nesta semana.
Com a adesão do Grupo Schoeler, o fundo passa a contar com quase 200 mil matrizes em apenas cinco meses desde que foi criado. A meta é fechar o ano com 400 mil matrizes, obter 600 mil em 2016, e chegar a 800 mil em 2017. Até agora, produtores das Regiões Sudeste e Sul já confirmaram adesões.
O fundo foi criado pela ABCS com o objetivo de promover o desenvolvimento da suinocultura brasileira. “O FNDS é uma necessidade imperativa do setor. Nos últimos anos, entregamos resultados e avançamos em razão da parceria com o Sebrae, mas precisamos nos autofinanciar. Desse modo, a participação dos criadores é primordial. Convoco todos os produtores do sul do país a estarem conosco e vamos trabalhar nessa busca”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.
O Grupo Schoeler atua na suinocultura desde a década de 1950. “Decidimos apoiar, por meio da adesão ao fundo, o trabalho realizado em benefício da suinocultura brasileira, pois o produtor precisa da mão da ABCS para se fortalecer e ampliar sua atividade de maneira sustentável”, disse a conselheira da empresa Reni Schoeler.
Além do Grupo Schoeler, dois produtores de Boituva, no estado de São Paulo, aderiram ao fundo no fim de abril: os criadores José Ovídio Sebastiani e Renato Sebastiani, proprietários do Frigorífico Cowpig.
“Acreditamos e apoiamos o trabalho da ABCS, que é um exemplo para outros setores. Desde o início das ações, percebemos um grande crescimento nas vendas de carne suína no varejo brasileiro. Como produtores de suínos, também entendemos os benefícios desse trabalho”, disse Renato Sebastiani.
A ABCS vem promovendo ações para incentivar o consumo de carne suína no Brasil e desenvolver o setor. A expectativa de analistas para este ano é de que a alta no preço da carne bovina possa incentivar o consumo interno de carnes mais baratas como de frango e suína.