Frango vivo tem alta; mas em São Paulo preço permanece aquém do recorde de 2013

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Negociado há algumas semanas em mercado firme, ontem o frango vivo beneficiou-se dos influxos favoráveis do período de pagamentos do mês: obteve ajuste de cinco centavos e foi negociado por R$2,95/kg no interior paulista e por R$3,15/kg em Minas Gerais.

Com esses novos reajustes – aparentemente os primeiros do mês, pois a procura é intensa e a oferta ajustada, sem perspectivas de expansão no curto prazo – as duas praças registram ganho da ordem de 5% em relação aos preços vigentes 30 dias atrás, enquanto em um ano o incremento se encontra em 9,26% em São Paulo (R$2,70/kg em 6 de outubro de 2014) e em 10,53% em Minas Gerais (R$2,85/kg um ano atrás).

Os dois últimos índices deixam a impressão de que o frango vivo vem conseguindo acompanhar a inflação. A conclusão, porém, é falsa, pois o incremento observado se aplica a duas datas pontuais. Ou seja: avaliado o desempenho médio do frango vivo desde o início de 2015 até o dia de ontem, a constatação é a de que há sensível perda para a inflação.

Isto é observado sobretudo em São Paulo, onde o valor médio no ano (R$2,48/kg) está apenas 4,6% acima dos R$2,37/kg alcançados no mesmo período de 2014. Em Minas, o desempenho vem sendo um pouco melhor, posto que a média atual, de aproximadamente R$2,57/kg, é 7% superior aos R$2,40/kg do ano passado. Mas a perda para a inflação também é visível. Isto, sem considerar o aumento nos custos.

As altas de ontem correspondem, tanto para paulistas como para mineiros, a valores recordes no ano. Porém, no caso paulista, a cotação ora registrada apenas reaproxima o valor atual do recorde registrado há dois anos – ou seja, em outubro de 2013 – ocasião em que o frango vivo chegou a ser comercializado por R$3,00/kg, um recorde desde então não repetido.

Nas circunstâncias de mercado presentes, esse recorde deve ser alcançado e pode, eventualmente, ser superado. Mas o ganho, se ocorrer, será apenas nominal.