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Os preços do frango vivo no mercado independente estão firmes nessas primeiras semanas de maio. Em Minas Gerais, por exemplo, as cotações sofreram o terceiro reajuste em sete dias de negócio, passando de R$ 2,35/kg para R$ 2,55/kg.
Com a valorização de R$ 0,20 a cotação em Minas volta a superar o mercado paulista. Em São Paulo, o valor de comercialização do animal vivo está em R$ 2,50/kg, seguida do Paraná que registra R$ 2,56/kg e de Santa Catarina, que tem o menor valor, R$ 2,46/kg, segundo levantamento realizado.
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Na praça paulista, no entanto, é importante considerar as observações de negócios abaixo da referência, apontando desequilibrou entre oferta e demanda maior do que tem sido visto nas demais regiões.
Assim, os analistas consideram pouco provável reajustes positivos em São Paulo no decorrer de maio, visto que nem mesmo a demanda de inicio do mês foi capaz de elevar as cotações.
Nas outras regiões, o incremente da demanda da primeira quinzena e dia das mães conseguiu manter a firmeza no mercado, sendo possível observar valorizações em algumas localidades. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), além de ser início de mês, quando a demanda doméstica costuma aumentar, a carne de frango está competitiva frente às suas substitutas (bovina e suína).
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Exportações
Outro fator importante para o escoamento da produção neste ano de dificuldade no consumo interno são as exportações.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana de maio os embarques foram, em média, 18,93 mil toneladas dia contra os 16,32 mil t/dia – uma queda de 14%.
No entanto, segundo analistas, esses números não devem apresentar à frente um retrocesso significativo, uma vez que maio corrente tem um dia útil a mais.
Milho
Os preços do milho têm inflado muito os custos de produção de carnes, levando a indústria a procurar alternativas. “Há expectativas de uma maior demanda por exportações de carnes, mas, também, busca-se ajustar a oferta para se ter um espaço maior para repasse aos preços do produto final, num momento complicado de crise econômica”, ressalta a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.
Neste sentido, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou na terça-feira (10) que negocia novas vendas de estoques de milho neste ano como forma de garantir o abastecimento dos produtores de frangos e suínos, após confirmação de que a segunda safra será menor que a do ano passado.
O governo pretende leiloar até 1 milhão de toneladas de milho neste ano, informou o Mapa em nota. Nos últimos três meses, 500 mil toneladas do grão já foram vendidas por meio dos leilões e, em abril, o governo aprovou a redução a zero do imposto de 8% sobre a importação do grão.