Frango valoriza-se; mas continua com preços inferiores aos do 2º semestre de 2021 e distante do custo
AviSite
Independentemente dos fatores que vêm contribuindo para a atual reação, surpreende o fato de o preço do frango vivo comercializado no interior paulista ter obtido, por ora, correção de 50 centavos, recuperando em apenas cinco dias de negócios (de 3 a 8 de março) o que veio perdendo no decorrer de seis semanas (19 de novembro de 2021 a 8 de janeiro de 2022).
A variação acumulada, superior a 10% em relação ao preço de abertura do mês, parece inédita. Mas não é. Em abril de 2021, em um intervalo de 10 dias, o frango vivo obteve o mesmo índice de correção. Quer dizer: o prazo, então, foi mais longo – o que pode indicar que as perspectivas atuais são bem melhores e que os reajustes devem continuar.
A tendência, em suma, é a de que em março corrente se obtenha valorização de pelo menos 10% em relação a fevereiro passado, o que, por sua vez, levará a um ganho de mais de 15% sobre março de 2021.
Taís índices de aumento, superiores a dois dígitos, serão sem dúvida prato cheio para os analistas justificarem a inflação deste mês. Ou seja: novamente será esquecido que até o início deste mês o preço alcançado pelo frango vivo vinha sendo o menor dos últimos 11 meses sem, que, concomitantemente, tivesse ocorrido qualquer retrocesso no custo. Muito pelo contrário.
A propósito, comparando-se o preço médio do frango vivo nestes oito primeiros dias de março com o de idêntico período de 2020 constata-se valorização, bastante significativa, de 56%. O detalhe, aqui, é que aplicados os mesmos parâmetros ao milho, chega-se a uma valorização próxima de 80%.
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