Frango: tendências de oferta até outubro

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O atual comportamento do mercado de pintos de corte – oferta insuficiente para atender a demanda – faz supor que a produção atual tem-se mantido, no máximo, nos mesmos níveis observados ao final do primeiro semestre deste ano, ocasião em que (conforme informações do mercado e segundo o número de dias do mês) a produção mensal situou-se ao menor nível de 2013. Efeito, sem dúvida, da queda no alojamento de matrizes de corte decorrente da crise de 2012.

Partindo-se desse princípio – produção do trimestre julho-setembro permanecendo nos mesmos níveis registrados em junho – a oferta de aves vivas do quadrimestre julho-outubro (supondo-se que a viabilidade se mantivesse homogeneamente em 96% dos pintos de um dia alojados) seria também homogênea, exceto pela variação do número de dias do mês.

Mas ainda que os alojamentos tenham permanecido estáveis, a oferta do bimestre setembro-outubro tende a ser menor que a do bimestre corrente, julho-agosto. Por uma única razão: as fortes ondas de frio que têm atingido o Centro-Sul do Brasil no presente inverno.

De um lado, elas ocasionaram aumento da mortalidade das aves alojadas em boa parte de julho – é algo que vai se refletir no mercado do frango entre o final de agosto e o início de setembro; e, de outro lado, não só reduziram a produção de ovos férteis, como também ocasionaram aumento dos ovos inférteis – situação que se refletirá na produção de pintos de corte de agosto corrente e se manifestará no mercado do frango entre setembro e outubro.

A tendência, porém, é a de uma redução de oferta (neste caso, de carne de frango) ainda maior que a apontada pelas cabeças criadas. Porque, com o recente aumento da demanda, o “giro” das criações tem sido mais rápido, boa parte sendo abatida mais cedo e com peso menor que o registrado até recentemente.

Além desses, porém, há outro fator capaz de implicar em uma redução ainda maior na oferta de carne de frangos: uma possível redução na produção de pintos de corte, não prevista nos números ora projetados, em decorrência da menor disponibilidade de matrizes.

Aliás, a respeito dos números apresentados, é oportuno deixar claro que os aumentos observados na segunda quinzena dos meses de março, maio, julho, agosto e outubro são apenas aparentes. É que, nesses cinco meses, a segunda quinzena é mais longa, de 16 dias.

A diferença, pois, refere-se ao dia adicional e não implica em uma maior variação quinzenal.

frango vivo



Data da Notícia: 20/08/2013
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