Frango: abatido volta a apresentar baixa relação de preço com a ave viva

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A queda, com certeza, ainda não cessou. Pelo contrário, tende a se intensificar ainda mais no decorrer desta semana, a última de outubro. Mas o fato é que, além de não ter atingido os preços registrados em setembro passado, nas duas últimas semanas o frango abatido resfriado perdeu quase 15% de seu preço. Ou seja: alcançou em 9 de outubro valor médio de R$4,16/kg e fechou a última sexta-feira, 23, cotado, na média, por R$3,55/kg.

A expectativa era de que repetisse, em outubro, o mesmo desempenho do mês anterior, quando foram obtidos aqueles que são, até agora, os melhores preços do ano. Assim, tendo por referência o frango resfriado comercializado no grande atacado da cidade de São Paulo, em setembro o produto chegou a ser negociado no final da quinzena (dia 14) por preços que variaram entre um mínimo de R$4,25/kg e um máximo de R$4,32/kg – média de R$4,285/kg, valor que representou incremento de mais de 25% sobre as cotações máximas da mesma quinzena do mês anterior (R$3,40/kg, na média).

Neste mês, o máximo registrado (dia 9) ficou quase 3% abaixo do maior preço de setembro. Mas não só isso: como, em outubro, o frango vivo obteve altas que correspondem à melhor cotação do ano, a relação de preços entre ave viva e abatida volta a apresentar uma das menores diferenças do ano.

Em setembro, por exemplo, o frango abatido chegou a alcançar valor quase 50% maior (1,48 a mais) que o do frango vivo. Já na última sexta-feira a diferença foi de apenas 18%.

Mas já houve momentos melhores e piores para o frango abatido. Em maio a diferença chegou a 55%. Não porque o abatido tivesse desempenho excepcional, mas porque o frango vivo chegava ao “fundo do poço” Em contrapartida, dois meses depois registrava-se o inverso, o abatido alcançando apenas 14% a mais que a ave viva.

Senão nos mesmos níveis, a tendência é a de permanência dessa baixa relação no restante do ano. Porque, além de não haver indício de alta na produção de frangos, as altas temperaturas da Primavera continuam causando baixo rendimento das aves em criação. Ou seja: frente à demanda para abate, a oferta deve continuar restrita, propiciando melhor retorno ao produtor.

Já a ave abatida permanece na dependência do poder aquisitivo do consumidor que, todos sabemos, decresce mês a mês e se agrava na medida em que aumentam as demissões. Só as Festas podem trazer algum alento ao consumo. Mas porque se trata de um alimento.

frango abatido



Data da Notícia: 26/10/2015
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