Frango abatido: os piores e os melhores momentos do ano em mais de duas décadas

AviSite

É senso comum, na avicultura de corte, que o melhor momento do ano para o frango se dê no mês de dezembro, devido às Festas. E que, opostamente, o pior momento ocorra em janeiro, como efeito não só do esgotamento econômico do consumidor, mas também por redução no fluxo ao mercado habitual (férias) e, sobretudo, pela concentração daquelas obrigações financeiras típicas do início de cada novo exercício. Mas… isso se confirma na prática?

Para obter melhor resposta, o AviSite avaliou o desempenho mensal do frango abatido nos primeiros 21 anos deste século, ou seja, de 2001 a 2021, assinalando os preços mínimo e máximo observados em cada um desses exercícios.

Começando pelos menores preços: janeiro é, com frequência, época em que os preços do frango abatido caem lá embaixo. No período analisado, isso foi registrado em quatro diferentes exercícios. Mas idêntica frequência foi observada também no mês de maio, com índice ainda maior (cinco vezes) no mês de abril, fazendo com que o pior momento do ano (cerca de 43% do total) recaia sobre o bimestre abril/maio – momento de safra da carne bovina.

Além disso confirma-se que os menores preços estão concentrados no primeiro semestre. Nos 21 anos analisados, eles foram registrados em 19 ocasiões (pouco mais de 90% do total). Ou seja: em apenas duas ocasiões (novembro de 2009 e julho de 2017) os menores preços do ano ocorreram no segundo semestre (a queda de 2017 foi observada – com certeza não por coincidência – logo após a deflagração da famigerada Operação Carne Fraca).

Quanto aos melhores momentos, o preço máximo do ano tem sido obtido com maior frequência, realmente, no mês de dezembro. Foi registrado em oito dos 21 anos analisados, totalizando 38% do total. Mas também ocorreu com certa habitualidade no mês de novembro (cinco vezes), o que torna o bimestre novembro/dezembro responsável por 62% do melhor desempenho do ano.

Mas como já houve registros de preço máximo também em julho, agosto, setembro e outubro, no segundo semestre do ano ele responde por mais de 95% do total observado nesses 21 anos. Ou seja: houve apenas uma exceção, à primeira vista surpreendente, ocorrida em janeiro de 2013. Mas essa ocorrência (até hoje única) teve lógica. A explicação para ela pode ser encontrada em análise de mercado efetuada pelo AviSite quase 20 anos atrás, em fevereiro daquele ano.

Fonte: AviSite

Data da Notícia: 21/09/2022
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