Fiscais aceitam flexibilizar greve em "pontos críticos"

Valor Econômico

Após reunião com deputados da bancada ruralista, secretários do Ministério da Agricultura e entidades de classe da indústria de alimentos, o comando de greve dos fiscais agropecuários federais concordou ontem em flexibilizar as paralisações em pontos considerados críticos em relação ao acúmulo de cargas de alimentos, principalmente portos e frigoríficos de carnes. Ficou decidido, entretanto, que será criado um grupo de trabalho formado por representantes desses quatro segmentos para levantar os locais de maior impacto econômico e aumentar o efetivo de profissionais. Levantamento preliminar realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indica que 25 mil toneladas das carnes de frango e suína não puderam ser exportadas por conta da greve, ficando "represadas". De acordo com o vice-presidente do Anffa, sindicato dos fiscais, Marcos Lessa, a secretária-executiva do ministério, Mila Jaber acatou ontem três reivindicações dos fiscais: a regulamentação de um adicional de fronteiras, a ocupação dos cargos de gestão do ministério por meritocracia e a contratação de fiscais ainda não nomeados. "Vamos dar uma arrefecida nos pontos críticos. Onde existe travamento de mercadorias a gente se comprometeu a flexibilizar a greve, a aumentar um pouco o fluxo de fiscais", disse Lessa ao Valor. "Mas não existe expectativa de acabarmos com as paralisações, porque ainda temos duas pautas pendentes", afirmou o dirigente sindical. Entre os pontos pendentes de negociação estão a mudança da carreira para auditor e o reajuste salarial para a categoria.



Data da Notícia: 28/09/2015
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