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O Índice FAO de Preços dos Alimentos apresentou novo recuo em junho, fechando o semestre em 165,1 pontos, resultado que representou redução de 21% sobre os preços de um ano antes. A propósito a FAO comenta que, exceto por breve momento de estabilidade entre setembro e outubro do ano passado, os preços dos alimentos recuam desde abril de 2014.
As carnes não estão imunes a essa baixa, que vem sendo generalizada. Mas, na prática, são as que menos vêm sofrendo com a deterioração dos preços. Em junho, por exemplo, tiveram queda mas, ainda assim, mantêm em relativa estabilidade nos últimos quatro meses, seu Índice de Preços variando ligeiramente acima ou abaixo dos 180 pontos.
Nesses quatro meses, quem, inicialmente, garantiu a estabilidade de preços foi a carne bovina. Mas nos últimos dois meses a contribuição principal vem das carnes de frango e suína. O que não significa que seus preços sejam melhores que os de um ano atrás. Pelo contrário.
A carne de frango, especificamente, alcançou em junho último valor que representou redução de, praticamente, 14% sobre junho de 2014. E obteve no semestre preço médio cerca de 10% menor que o do primeiro semestre do ano passado.
Comparativamente aos preços médios do triênio 2002-2004, fechou a primeira metade de 2015 com uma valorização nominal de 78%. Um desempenho melhor que o da carne suína, cuja valorização é de apenas 30%. Mas inferior ao da carne bovina que, em junho, registrou preços quase 110% maiores que os de 2002-2004.