Exportações salvaram a produção de aves e suínos no primeiro semestre

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O bom desempenho das exportações no primeiro semestre de 2016 amenizou a crise de abastecimento do milho que aumentou o custo de produção de aves e suínos nos últimos meses. “As exportações salvaram a produção de aves e suínos no primeiro semestre. Com a falta de insumos, queda no consumo e alta no custo de produção, as agroindústrias não conseguiriam repassar o aumento de preço do produto para o consumidor brasileiro”, diz Ricardo Santin, vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

De acordo com a ABPA, entre janeiro e junho desse ano, foram exportadas 2.266 milhões de toneladas de carne de frango, 13,8% a mais que no mesmo período de 2015. Em relação aos suínos, foram 353,3 mil toneladas, alta de 54,7% em relação aos seis primeiros meses do ano passado.

As exportações vão crescer

As previsões para as exportações são positivas. As novas projeções da ABPA indicam crescimento de 8% no volume de carne de frango embarcado neste ano, se comparado com 2015. Já as exportações de carne suínas devem aumentar 28% na comparação com os volumes do ano anterior.

Para Francisco Turra, presidente da ABPA, o incremento das exportações é um alento neste cenário. “As exportações superaram as expectativas, principalmente com a entrada da China. O cenário externo é ótimo para nós, porque os nossos concorrentes não cresceram, eles até perderam espaço”, diz Turra.

Queda na produção

Pressionada pela retração do mercado e grande alta no custo de produção nos últimos meses, a produção brasileira de aves e suínos vai cair em 2016. Segundo a ABPA, já é possível notar a redução dos níveis de alojamentos de pintinhos. Inicialmente, a expectativa de produção era de 13,5 milhões de toneladas de frango. Agora, já houve redução de 4%, com a nova estimava que prevê a produção de 13 milhões de toneladas de frango em 2016.

No caso dos suínos, a previsão inicial era de 3,76 milhões de toneladas. Agora, a produção deve manter os resultados do ano anterior e alcançar 3,64 milhões de toneladas. “A perspectiva é de produção decrescente. Todas as agroindústrias estão reduzindo a produção para se precaver da dificuldade de encontrar milho e soja”, afirma Turra. “Nesse cenário, o natural é reduzir o volume produzido.”

Com o avanço das exportações, a oferta de carne de frango e suína no mercado interno também deve cair até o fim do ano. Para a carne suína é esperada redução de cerca de 2% e para as aves uma redução na oferta de até 5%. Segundo a ABPA, levando em conta o poder de compra do consumidor brasileiro e a menor disponibilidade dessas carnes, o consumo per capita vai seguir o mesmo ritmo do ano passado.



Data da Notícia: 13/07/2016
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