Exportações de ovos férteis em 2024 atingem o maior volume trimestral de todos os tempos

Em março passado, pela primeira vez em, praticamente, ano e meio, as exportações brasileiras de ovos férteis destinados à produção de pintos de corte registraram queda (de 10,5%) em relação ao mesmo mês do ano anterior. Ainda assim, alcançaram o segundo maior volume mensal já exportado pelo setor.

Em outra palavras, os (quase) 38,5 milhões de ovos férteis embarcados no mês de março ficaram aquém, somente, dos (também quase) 43 milhões de março de 2023. Corresponderam, ainda, a um aumento de 3,5% sobre o exportado no mês anterior.

Com tais resultados, o total expedido nos três primeiros meses de 2024 – pouco mais de 110 milhões de unidades – superou em 1,6% o registrado em idêntico período do ano passado e atingiu novo recorde trimestral, aqui considerados os quatro trimestres do ano.

Agora, em 12 meses, o total exportado supera ligeiramente os 367 milhões de unidades, volume que representa aumento de cerca de 38,5% sobre idêntico período anterior.

Notar, pelo gráfico abaixo, à direita (exportações expressas em milhares de caixas de 30 dúzias), que embora o incremento sobre o ano anterior tenha sido modesto (1,60%), ganha significado muito maior quando comparado com o mesmo trimestre de 2021 e 2022, pois o resultado mais recente é (em números redondos e respectivamente) 150% e 100% maior.

Tudo indica que o Brasil, como maior exportador de carne de frango, tornou-se também o maior exportador mundial de ovos férteis destinados à produção de pintos de corte. Mas se a posição é expressiva, o volume exportado não tem significado maior na produção mundial de carne de frango, pois o total exportado em 12 meses (367,1 milhões de unidades) resulta em 600/800 mil toneladas de carne de frango, perto de meio por cento do total produzido em 2023 (146,1 milhões de toneladas, segundo a FAO).