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As exportações brasileiras de carne bovina fecharam o ano de 2015 com faturamento de US$ 5,9 bilhões, retração de 18,1% quando comparado ao recorde histórico de US$ 7,2 bilhões obtido em 2014. Para 2016, a projeção é de recuperação, para US$ 7,5 bilhões.O balanço foi divulgado ontem (13) pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec). De janeiro a dezembro, foram embarcadas cerca de 1,39 milhão de toneladas, volume 10,9% inferior a 1,56 milhão de toneladas registradas na variação anual.
A queda resulta de problemas conjunturais que afetaram negativamente alguns grandes mercados do Brasil, como Rússia, Hong Kong e Venezuela , diz em nota.
No acumulado do ano, Hong Kong, União Europeia e Egito lideraram a lista dos países que mais compraram o produto nacional. Destaque também para as nações que apresentaram crescimento tanto em receita como volume na importação de carne brasileira em 2015, como Egito e Irã. A carne in natura fechou 2015 como a categoria mais desejada pelos importadores, totalizando faturamento de US$ 4,6 bilhões.
Para 2016, a ideia é que as exportações retomem os mesmos níveis de 2014. As razões para o otimismo do setor são o fim dos embargos à carne brasileira - que ainda perduravam no ano passado - e a retomada de mercados como a China e a Arábia Saudita, além da possibilidade de acesso a novos mercados, como, por exemplo, os Estados Unidos.
A China deverá dar um grande impulso às exportações da carne brasileira este ano. Com mais frigoríficos habilitados a exportar, o gigante asiático deverá figurar nas primeiras posições no ranking de maiores destinos do produto , avalia o presidente da Abiec, Antônio Jorge Camardelli.
Para ele, a expectativa é que em 2016 as exportações batam um novo recorde. Mesmo com uma possível desaceleração da economia chinesa, os recursos de investimentos e infraestrutura seriam desviados para o consumo, ajudando assim a desenvolver o mercado , estima o representante do setor, segundo a nota.