Exportação de carne suína do Brasil segue em ritmo surpreendente

Agência Safras

As exportações brasileiras de carne suína continuam em um ritmo surpreendente, com volumes embarcados em 857 mil toneladas, aumento de 44% até setembro na comparação com o mesmo período do ano passado e de 52% no valor, na mesma comparação, de acordo com o Rabobank, que divulgou boletim relativo ao quarto trimestre de 2020. Em apenas nove meses as exportações bateram novo recorde anual e superaram o total embarcado em 2019.

A China continua sendo o principal importador, representando 50% das vendas e registrando um aumento de 139% no volume. Hong Kong (17% das exportações) e Cingapura (6% do total) também registraram ganhos consideráveis, assim como o Vietnã (4% do total), que mais do que dobrou as importações no último ano. Os valores de exportação também estão aumentando, já que os preços médios dos embarques para a China se recuperaram em agosto, após queda nos meses anteriores.

As fortes exportações ajudaram a impulsionar um aumento de 72% nos preços dos suínos vivos brasileiros e uma elevação de 69% nos valores da carne suína.

A produção de carne suína no primeiro semestre de 2020 aumentou 7% em relação ao mesmo período do ano passado, embora se esperem condições mais difíceis nos próximos meses. O Rabobank projeta atualmente um salto de 4,5% na produção de 2020 sobre o ano anterior e um aumento recorde de 32% nas exportações.

Para o Rabobank, o apoio contínuo do governo à indústria ajudou a estabilizar a produção, mas os suprimentos de suínos prontos para abate permanecem limitados. Níveis mais baixos de apoio financeiro às famílias, a partir de setembro, têm moderado os preços de mercado, sugerindo que mais vantagens aos mercados de animais vivos e no atacado serão limitados.

Os produtores também enfrentam custos de alimentação mais elevados no médio prazo, com preços 40% mais altos de em setembro. Embora a maioria dos grandes produtores já tenha assegurado suas necessidades de alimentação para o equilíbrio do ano, estoques mais baixos e um risco maior de uma safra decepcionante, dado os padrões climáticos de La Niña, continuam sendo um potencial evento contrário para as expectativas de produção. As informações partem do Rabobank.



Data da Notícia: 29/10/2020
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