G1
As exportações de carne suína estão crescendo e Santa Catarina é o estado que mais vende para o exterior. Apesar da alta, os criadores não estão satisfeitos.
A exportação de carne suína catarinense teve um aumento de 44 % no mês passado. Os animais vêm de propriedades como a do seu Mário, que há quase 30 anos se dedica a suinocultura. São 1.500 matrizes e cerca de 800 leitões entregues para o frigorífico toda semana. Mas esse aumento na exportação não significa mais lucro no caixa. Desde o ano passado, o valor que o seu Mário recebe pelo leitão caiu bastante. "Sobrava mais ou menos R$ 25 por leitão de lucro. Hoje, - varia toda semana - mas está entre R$ 3 e R$ 5. Então de R$ 25 veio para R$ 5", afirma Mario.
Um dos principais problemas está na redução da oferta de milho para a ração, que fez aumentar o custo de produção.
Em uma das cooperativas da região são gastos 90 mil sacos de milho por dia para alimentar os animais dos produtores integrados. "Hoje nos Estados Unidos o milho é R$ 26 reais. No Brasil, aqui no oeste, R$ 41. Não dá para produzir com essa diferença de preço", diz Mário Lanznaster, que é presidente de cooperativa agrícola. Mesmo assim, a cooperativa exportou 30% a mais em agosto e vê com otimismo o aumento das vendas para o mercado externo.
"Está passando por uma fase um pouco difícil. Mas vai passar? Vai. Vai passar! Esperamos que volte o quanto antes para o Brasil continuar fornecendo carne para qualquer país do mundo", diz Mario Lanznaster.