Executivo da Tyson do Brasil compara granjas brasileiras e americanas

Avisite

Em entrevista exclusiva ao AviSite, o presidente da Tyson do Brasil, Vitor Hugo Brandalize, falou sobre as principais diferenças e semelhanças entre as construções avícolas dos Estados Unidos e do Brasil. O assunto é destaque em reportagem da edição de outubro/2013 da Revista do AviSite.Testemunha ocular de projetos e construções de granjas avícolas nos dois países, Brandalize afirma que do ponto de vista estrutural, as granjas brasileiras seguem basicamente os conceitos de instalações estabelecidos pelos americanos. “Os novos projetos implantados no Brasil têm um padrão muito semelhante aos deles, especialmente quanto ao dimensionamento das granjas e escolha dos equipamentos e na capacidade de produção; existe uma diferença apenas na estrutura de obra civil, sendo nos Estados Unidos utilizado basicamente madeira e no Brasil uma mescla entre madeira e concreto”, compara.

Segundo ele, o sistema de ventilação em túnel, o resfriamento por meio de placas evaporativas e o controle da luminosidade são todos modelos desenvolvidos nos EUA e largamente utilizados pelas companhias brasileiras nos últimos anos. “Também os painéis de controles utilizados nas granjas, cuja função é realizar o controle operacional de cada galpão com base em parâmetros técnicos recomendados, são os mesmos utilizados nos dois países. Há, portanto, várias semelhanças e uma tendência clara de seguirmos os padrões tecnológicos americanos”.

O presidente da Tyson do Brasil também destaca que se forem analisadas as escalas de produção das propriedades americanas, fica claro que elas se destacam pelo maior volume de alojamento por propriedade. “São pouco comuns as propriedades de apenas um aviário”, pontua. “Com frequência, vemos um ou mais núcleos contendo entre quatro e seis aviários por núcleo. Projetos assim são comuns no Centro-Oeste brasileiro. Porém, a avicultura do Sul do Brasil se destaca por granjas menores. Neste particular, os americanos apresentam vantagens econômicas especialmente em custos com logística”.

Quanto ao manejo e cuidados com as aves, o executivo comenta que existem diferenças bem marcantes. “No Brasil, o manejo é mais intensivo e a presença humana no interior das granjas é praticamente constante. Nos EUA, pela escassez e custo da mão de obra, as operações de manejo são menos intensas e os resultados de desempenho tendem a ser inferiores. É nítida, no entanto, esta mesma tendência aqui no Brasil com a migração da população para os centros urbanos, especialmente os jovens, e escassez de força de trabalho no meio rural”.



Data da Notícia: 18/10/2013
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