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“Refletindo a crescente diversificação das dietas [em direção às proteínas animais] observada nos países em desenvolvimento, a demanda por carne de aves deve continuar em ascensão, inclusive no Brasil, onde o frango mantém-se como a carne dominante na dieta dos consumidores”.
A afirmação está contida no “OCDE-FAO Agricultural Outlook 2015”, estudo conjunto no qual a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) projetam as perspectivas da agropecuária mundial nos 10 anos a transcorrer entre 2015 e 2024.
Nas previsões do estudo – que toma como base a produção, o consumo interno e a exportação no triênio 2012-2014 – a produção brasileira de carne de frango deve chegar a 2024 com um crescimento da ordem de 22%. Esse índice conduz a volume em torno de 15,7 milhões de toneladas de carne de frango e corresponde, em relação a 2014, a incremento próximo (mas ainda inferior) de 2% ao ano.
Não será, entretanto, o consumo interno que determinará esse índice de expansão. Pois o consumo global dos brasileiros deve aumentar a taxas que vão pouco além de 1,5% ao ano e que irão representar incremento de 17% em 10 anos.
Em outras palavras, as exportações serão o carro-chefe do crescimento da produção brasileira. Neste caso, OCDE e FAO estimam que as vendas externas de carne de frango do Brasil evoluirão à razão de (aproximadamente) 2,8% ao ano e, assim, tendem a aumentar mais de 31% no espaço de uma década. E isso garante que o País continuará respondendo por quase um terço do comércio mundial do produto.