EUA perdem importantes importadores de carne de frango
AviSite
Os exportadores de carne de frango dos EUA encerraram o primeiro trimestre de 2015 com três novos países no rol dos 10 principais importadores do produto: Taiwan, Vietnam e Guatemala. Que, juntos, garantiram ao grupo dos “top 10” uma expansão de 6,5% em relação ao mesmo período de 2014.
Note-se, porém, que esse ganho só ocorre se levada em conta, também, as importações dos três novos integrantes no mesmo período do ano passado. Porque, se comparado o volume dos 10 atuais com o dos 10 de um ano atrás, o resultado é um decréscimo significativo, de quase 25%. Ou seja: quem já não está nesse rol tinha um grande peso nas exportações de carne de frango dos EUA. E quem ficou fora do ranking principal?
Primeiro (e principalmente) a Rússia. Que fechou o primeiro trimestre do ano passado ocupando a posição de terceiro principal importador do frango norte-americano. Como, por questões políticas, há mais de oito meses a Rússia nada importa dos EUA, ocupa por ora (supondo-se que seja a primeira colocada entre os países que nada importaram neste ano) a 127ª posição.
O segundo ausente da lista dos 10 é a Turquia, nono principal importador da carne de frango dos EUA no primeiro trimestre de 2014 e, agora, na 34ª posição. A redução, neste caso, é explicada pela transformação da Turquia em grande exportadora de carne de frango. E o próprio USDA demonstra isso ao apontar que as exportações turcas de carne de frango aumentaram cerca de 12,5% de 2013 para 2014 ou mais de 80% entre 2011 e o ano passado. Em 2015 devem atingir volume (370 mil toneladas) que coloca o país como o 6º maior exportador mundial, logo após a China.
Por falar em China: é o terceiro país ausente da lista dos 10 principais importadores dos EUA. Foi o décimo maior importador no primeiro trimestre de 2014 e, no momento, se encontra na 38ª posição. Neste caso, o forte recuo, próximo de 90%, foi determinado pelo embargo sanitário que a China impôs aos produtos avícolas norte-americanos imediatamente após a eclosão dos primeiros casos de Influenza Aviária nos EUA (janeiro de 2015). Assim, suas importações no ano estão resumidas a pouco mais de 3 mil toneladas (27 mil/t no 1º trimestre de 2014)
Uma vez que os casos de Influenza nos EUA prosseguem, no fechamento do primeiro semestre a China irá ocupar posição ainda mais inferior no ranking dos importadores norte-americanos. De toda forma, sua redução vem sendo contornada pelo aumento das importações efetuadas via Hong Kong e que, no trimestre, aumentaram mais de 25%.
Ou seja: se, como comentaram exportadores brasileiros, através de um melhor controle a China vem reduzindo as entradas no país de produto vindo através de Hong Kong, isso parece não estar sendo aplicado às exportações norte-americanas.
