EUA ou Brasil? Para onde penderá Cuba na importação de carne de frango?

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Entre os principais importadores de carne de frango do Brasil, um “case” que merece estrito acompanhamento em 2016 é o de Cuba. Devido aos desdobramentos observados em 2015.

Apesar do embargo enfrentado desde 1962 e ainda não totalmente suspenso, o país dos Castro vem sendo abastecido, primordialmente, pela avicultura norte-americana (afinal, Havana está a menos de 400 km de Miami) e, secundariamente, pelo produto brasileiro.

Há bom tempo o mercado cubano se coloca entre os 10 principais importadores da carne de frango dos EUA. No ano passado, por conta da Influenza Aviária no país vizinho, reduziu suas compras em 26% mas, mesmo assim, permaneceu na lista dos “10 mais”, recuando apenas uma posição – do quinto para o sexto posto.

Já o Brasil, nesse campo, não conseguiu capitalizar a aproximação política dos últimos governos brasileiros com o governo cubano. Não que as exportações para Cuba tenham sido desprezíveis, mas o país nunca ocupou posição de destaque no setor. Em 2014 foi o 23º importador; em 2013, o 25º; em 2012, o 30º.

Isso mudou em 2015. Curiosamente, no mesmo ano em que os EUA começam a se reaproximar de Cuba. E quem ganhou foi o Brasil. Que viu suas exportações para o mercado cubano aumentarem 164% - o suficiente para colocar Cuba no bloco dos 10 principais países importadores da carne de frango brasileira.

Claro, a mudança nada teve a ver com as relações bilaterais. Foi consequência da ocorrência da Influenza Aviária nos EUA. O que fez com que, no segundo semestre de 2015, houvesse reversão nos volumes normalmente exportados por Brasil e EUA (gráfico abaixo).

Em 2014, por exemplo, Cuba importou dos EUA e do Brasil, em média, 15 mil toneladas de carne de frango. E, nesse total, a participação brasileira mal chegou aos 20%. Ou seja: 80% era de produto norte-americano.

No segundo semestre de 2015 o volume médio importado pelos cubanos subiu para perto de 17 mil toneladas. Porém, a participação dos EUA caiu para pouco mais de 31%, o que significa que a participação do Brasil subiu para mais de 68%.

A questão agora é: como se desenvolverá essa participação no decorrer de 2016?

Cuba



Data da Notícia: 03/03/2016
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