Na Europa, uma prática comum envolve o abate de aproximadamente metade das porcas de um rebanho anualmente, resultando no transporte de milhões desses animais por estrada para matadouros.
Um estudo do Centro de Referência da União Europeia para o Bem-Estar Animal de Porcos (EURCAW-Pigs) destaca os riscos específicos enfrentados pelas porcas durante essas viagens, concluindo que elas são particularmente vulneráveis aos estresses do transporte em comparação com outras categorias de suínos.
Entre os principais fatores que comprometem o bem-estar desses animais está a sua elevada sensibilidade ao estresse térmico, especialmente notável nas fases de lactação imediatamente antes e depois do desmame dos leitões.
Isso se deve, em parte, à alta demanda de produção de leite nesta fase. A regulamentação da UE limita o transporte de porcas em estágios avançados de gestação, mas ainda assim, o estresse térmico permanece uma preocupação significativa.
Outro aspecto crítico é a aptidão para o transporte. De acordo com a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), as porcas de reforma muitas vezes apresentam um estado de saúde geral comprometido, o que as torna suscetíveis ao agravamento de condições pré-existentes e ao desenvolvimento de novas condições de saúde durante o transporte.