Estoque de grãos do governo cai em 2016 após safra ruim

Folha de S. Paulo

A Conab (companhia de abastecimento) compra grãos e outros produtos quando há sobra e os preços estão abaixo de um nível mínimo. A venda acontece quando há falta de grãos no mercado.

As condições climáticas foram desfavoráveis à safra que terminou no meio de 2016. Isso diminuiu a oferta de alimentos e forçou o governo a se desfazer de estoques.

"Quando desovamos produtos, contribuímos para conter inflação. Temos de vender porque custa carregar estoque", diz Wellington Teixeira, superintendente da Conab.

A safra atual deve ser maior que a anterior, mas isso não significa que o governo voltará a comprar, diz.

"A tendência é que a gente continue a vender. Ainda que haja mais oferta, os valores de mercado não estão abaixo dos preços mínimos."

Os produtores, no entanto, vão procurar a Conab para que ela adquira produtos, afirma Alan Malinski, assessor da CNA (confederação da agricultura).

"Tem sinal de alerta aceso: teremos supersafra e os preços vão cair. Iremos buscar a ferramenta e, para isso, é preciso [que o poder público] reestabeleça os estoques."

Nesse mercado, o governo tem custos altos porque a infraestrutura é sucateada e é preciso pagar armazéns privados, dizem especialistas.

Em época de dificuldades fiscais, a tendência é que o governo reduza os estoques, afirmam consultores.



Data da Notícia: 25/01/2017
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.