Entidades setoriais esperam bons negócios na Gulfood

ANBA

As entidades setoriais das indústrias de carne, frango e confeitaria estão com boas expectativas de negócios para suas associadas durante a Gulfood, maior feira de alimentos do Oriente Médio, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, de 08 a 12 de fevereiro.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) vai levar 14 empresas exportadoras de frango: Globoaves, Frango Bello, Aurora, Cocari, Copacol, Agrogen, Coasul, JBS, GTFoods, Avenorte, Jaguafrangos, Averama, Pioneiro Alimentos e Frango Granjeiro.

“Sempre temos expectativas positivas na Gulfood. Ano a ano, a feira se torna maior e melhor”, avalia Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA. “A feira dá as melhores oportunidades para estarmos lá e mostrarmos nossos produtos”, diz Turra, apontando que os expositores oferecem degustações dos alimentos durante o evento.

Em 2014, o Brasil exportou 4,1 milhões de toneladas de frango. Para este ano, Turra espera um crescimento de 3% a 4% na produção e no volume das exportações da ave.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) terá 11 empresas associadas na feira: Agra, Barra Mansa, Cooperfrigu, Frialto, Frigol, JBS, Mafripar, Marfrig, Mataboi, Minerva e Xinguara. A JBS, associada da ABPA, também é ligada à Abiec.

Algumas das empresas de carne que estarão na feira já são tradicionais exportadoras do produto para a região, enquanto outras são estreantes no mercado externo. “A Abiec ampliou seu quadro de associados e algumas empresas estão começando a exportar”, explica Fernando Sampaio, diretor-executivo da entidade.

Mesmo que algumas indústrias já tenham seu nome consolidado no mercado árabe, Sampaio destaca que a feira oferece a oportunidade de se fazer contato com diversos clientes ao mesmo tempo. “Ela reúne todo mundo do setor e é o mais importante evento do setor de alimentos naquela região. Em uma semana, você encontra muitas pessoas e vê como está a situação do mercado”, destaca.

Para promover a carne brasileira na feira, a Abiec tradicionalmente promove um churrasco para potenciais compradores, com o objetivo de destacar o modo de preparo e a qualidade do produto nacional. “Dá um apelo de imagem bastante forte”, diz Sampaio. Este ano, o churrasco da entidade na Gulfood terá 270 quilos de picanha, filé mignon e filé de costela.

No ano passado, o Brasil exportou mais de 326 mil toneladas de carne bovina a 18 países no Oriente Médio e Norte da África. O Egito, maior comprador da região, importou o equivalente a US$ 611 milhões, já as compras da Argélia somaram US$ 100 milhões. As do Líbano ficaram em US$ 87 milhões e as dos Emirados Árabes Unidos em US$ 83 milhões.

Sampaio lembra que a Arábia Saudita ainda mantém suspensas as compras de carne bovina brasileira, embargo imposto em 2012 e que é seguido por Kuwait, Catar e Bahrein. A entidade está aguardando uma visita das autoridades sauditas ainda para o início deste ano e espera que as importações daqueles países sejam retomadas em breve, aumentando as vendas para a região em 2015.

O setor de confeitaria terá oito empresas no evento ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab): Aladim, Chocolates Garoto, Docile, Dori, Embaré, Harald, Peccin e Riclan.

Rodrigo Solano, gestor de Exportação da Abicab, aponta que o Oriente Médio e os Estados Unidos são os dois mercados mais importantes para o segmento de confeitaria nacional. “Os Estados Unidos pelo tamanho e o Oriente Médio pelo potencial existente e crescimento apresentado”, explica.

Em 2014, o setor de confeitaria no Brasil exportou 4,8 mil toneladas de produtos ao Oriente Médio, um aumento de 8% sobre 2013. A receita dessas exportações foi de US$ 9 milhões, 5,4% a mais que no ano anterior.

Para o gestor da Abicab, a principal vantagem de se estar na Gulfood é a possibilidade de atrair novos clientes. “É a feira mais movimentada [para o setor]. É a feira da qual a gente traz mais traz contatos”, aponta.

O pavilhão do Brasil na Gulfood é organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). No total, 72 empresas nacionais estarão no evento em um espaço de 1.085 metros quadrados.

Além dos produtos já mencionados, também estarão indústrias exportadoras de arroz, frutas, café, biscoitos, pão de queijo, sucos e polpas, pizza congelada, cereais matinais, produtos lácteos, mel e própolis, entre outros.

Segundo dados da Apex, na edição de 2014 as empresas brasileiras participantes fecharam US$ 653 milhões em negócios e a expectativa é que a edição deste ano supere este valor.



Data da Notícia: 02/02/2015
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