Embrapa, adaptado pela equipe feed&food
A Central de Inteligência de Ave e Suínos (CIAS) da Embrapa anuncia mais um resultado dos custos mensais de produção de suínos e de frangos de corte. No mês de setembro, os números tiveram alta expressiva.
O ICPSuíno/Embrapa, que no decorrer do ano havia diminuído 18,46% até o mês de agosto, agora voltou a ser pressionado em 4,56% e fechou setembro com 190,29 pontos. Embora o ICPFrango/Embrapa tenha variado praticamente na mesma proporção que o ICP/Suíno de janeiro a agosto, encerrou o mês de setembro com elevação um pouco menor que o de suínos, de 2,51%, mas suficiente para voltar a inflacionar os custos de produção de frangos de corte, na casa dos 178,29 pontos.
No caso dos suínos, o item nutrição obteve alta de 4,42% em setembro na relação com agosto. O mesmo item para frangos de corte obteve um aumento de 2,63%. “De qualquer modo, mesmo as despesas com nutrição voltando a dar sinais de aumento nos custos de produção, em 2017, acumulam baixas de 14,82% (frangos de corte) e 13,99% (suínos)”, diz o analista Ari Jarbas Sandi, da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves.
Sandi analisa que, como de praxe, a variável de custo que mais impactou os ICPs, tanto de suíno, quanto de frango, foi o item nutrição, que é basicamente composto por milho e farelo de soja. “Lembrando que o ICPFrango é calculado com base nos resultados de custos de produção de frangos de corte do Paraná, onde a tonelada de milho no atacado sofreu um aumento de 10,13%. Já o ICP/Suíno, que é calculado utilizando como base os resultados de custos de produção oriundos do sistema de produção tipo ciclo completo em Santa Catarina, maior produtor nacional com 26,11% do total, o preço da mesma tonelada de milho, obteve um incremento de 14,6% e 1,49% para o farelo de soja”, diz.
Ademais, ele completa, há fortes evidê
ncias que o preço dos insumos para as rações volte a registrar novos aumentos nos próximos meses.