Em setembro, IBGE prevê safra de grãos 12,3% menor que a de 2015

IBGE

A nona estimativa de 2016 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 183,9 milhões de toneladas, 12,3% inferior à obtida em 2015 (209,6 milhões de toneladas). Em termos absolutos são 25,7 milhões de toneladas a menos em relação à produção obtida na safra anterior. Na comparação com a avaliação de agosto a queda é de 1,2%, uma redução de 2,2 milhões de toneladas.

A área a ser colhida é de 57,1 milhões de hectares, 0,7% menor que a do ano anterior (57,5 milhões de hectares), tendo uma redução de 0,4% em setembro, o que representa 236.580 hectares.

Arroz, milho e soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,6% da estimativa da produção e responderam por 87,9% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,8% na área da soja e reduções de 1,3% na área do milho e de 9,7% na área de arroz. No que se refere à produção, as avaliações foram negativas em 1,4% para a soja, em 14,9% para o arroz e em 25,2% para o milho, quando comparadas a 2015.

Regionalmente, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 75,3 milhões de toneladas; Sul, 72,7 milhões de toneladas; Sudeste, 19,6 milhões de toneladas; Nordeste, 9,8 milhões de toneladas; e Norte, 6,5 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, houve redução de 2,1% na região Sudeste, de 14,9% na região Norte, de 40,1% na região Nordeste, de 16,1% na região Centro-Oeste e de 4,1% na região Sul. Nessa avaliação, o Mato Grosso liderou como maior produtor de grãos, com uma participação de 24,1%, seguido pelo Paraná (19,2%) e Rio Grande do Sul (17,1%), que, somados, representaram 60,4% do total nacional previsto.

Estimativa de setembro em relação a agosto de 2016

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro, destacaram-se as variações nas estimativas de produção, comparativamente ao mês de agosto: algodão herbáceo (-2,0%), cacau (-11,9%), café arábica (3,3%), café canephora (-2,7%), feijão em grão 1ª safra (-0,9%), feijão em grão 2ª safra (-6,6%), feijão em grão 3ª safra (-1,7%), mandioca (7,8%), milho em grão 1ª safra (-1,0%), milho em grão 2ª safra (-3,4%) e sorgo (-5,7%).

MILHO (em grão) – A produção estimada foi de 63,8 milhões de toneladas, 2,5% menor que a avaliada em agosto. A 1ª safra de milho registrou nova redução da produção. Espera-se obter 24,3 milhões de toneladas, decréscimo de 1,0% em comparação com agosto (-255.786 t). A área colhida também foi reduzida em 0,9% e estimada em 5,1 milhões de hectares. As unidades da federação que mais influenciaram a redução da expectativa de produção, quando comparadas a agosto, foram: Santa Catarina, que reduziu em 170.637 toneladas (-6,3%); Piauí, menos 49.690 toneladas (-8,2%); São Paulo, menos 27.870 toneladas (-1,0%); Ceará, menos 5.458 toneladas (-4,2%); e Pernambuco, menos 3.044 toneladas (-9,8%). O Mato Grosso foi o único estado que apresentou acréscimo de 1,1% na produção, devido à localização de novas áreas de plantio. As avaliações de setembro para o milho 2ª safra foram menores em 1,4 milhão de toneladas (-3,4%), quando comparadas com agosto. A redução de 2,8% do rendimento médio foi responsável pela menor expectativa de produção, estimada em 39,5 milhões de toneladas. As previsões negativas da produção que mais influenciaram este levantamento foram as do Mato Grosso, menos 701.031 toneladas (-4,4%); Paraná, menos 393.201 toneladas (-3,6%); Bahia, menos 139.200 toneladas (-33,9%); Minas Gerais, menos 118.048 toneladas (-12,9%); Sergipe, menos 55.573 toneladas (-22,8%); e Piauí, menos 36.401 toneladas (-46,8%). Variaram positivamente São Paulo, mais 58.923 toneladas (+4,2%) e Acre, mais 382 toneladas (+34,9%).

SORGO (grão) – A estimativa da produção do sorgo em 2016 alcançou 1,1 milhão de toneladas, queda de 5,7% frente ao mês anterior, tendo o rendimento médio caído 5,3%. Os dados refletiram, principalmente, a menor estimativa da produção para Minas Gerais, segundo maior produtor do país. A nova estimativa é de 348,5 mil toneladas, queda de 12,6% frente ao mês anterior, resultado da reavaliação do rendimento médio que caiu 12,8%. Em São Paulo, houve queda de 16,6% na estimativa da produção em relação ao mês anterior, tendo a área plantada e a área a ser colhida caído 7,8% e o rendimento médio, também reduzido em 9,6%.



Data da Notícia: 06/10/2016
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