Em agosto, preço obtido pelo frango permaneceu dentro do padrão histórico

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O desempenho não foi tão bom quanto o de julho passado. De toda forma, o frango vivo encerra o oitavo mês do ano acompanhando (com variação mínima) o padrão histórico – neste caso, o comportamento médio registrado nas últimas duas décadas, entre 1995 e 2014.

Em julho passado, o resultado obtido foi o melhor do ano – não só por corresponder à melhor cotação do corrente exercício, mas também por apresentar valorização acima da média histórica, algo que não havia ocorrido nos seis meses anteriores.

Neste agosto que ora termina, o preço médio alcançado pelo frango volta a apresentar resultado inferior ao da média histórica. Mesmo assim, por diferença pouco significativa (1,8 ponto percentual a menos). E, ainda assim, alcança novamente a melhor média do ano, pois supera em 2,2 ponto percentual (pouco mais de 2%) o resultado de julho.

Ressalve-se, de toda forma, que esse desempenho não se refere ao resultado econômico: apenas representa o comportamento sazonal de preço do frango no decorrer de cada exercício. E o comportamento histórico médio mostra que, após breve alta de janeiro para fevereiro, a curva de preços do frango decresce até maio, quando atinge o “fundo do poço”. A partir daí inicia-se um processo de alta que se estende até o final do ano.

Nos últimos seis meses a curva registrada praticamente se sobrepôs à média histórica. No bimestre corrente, por exemplo, a diferença foi de apenas 0,36 ponto percentual, o preço do frango ficando ligeiramente acima da curva histórica. Ou seja: os ganhos do período – mesmo parecendo significativos – não tiveram nada de excepcional. Mais: só foram obtidos porque houve expressiva mudança na demanda externa (aumento das exportações) e interna (preço do frango favorável frente ao preço do boi). Ou, em resumo: não fossem esses estímulos, a curva deste semestre já teria ido para o beleléu.

Quanto ao resultado econômico, o frango vivo alcança, em agosto corrente, valor médio mais de 12% superior ao do mesmo mês do ano passado. Mas, no ano, a média até agora alcançada está apenas 3,9% acima da que foi registrada entre janeiro e agosto de 2014 e – surpresa! – nos mesmos oito meses de 2013. Quer dizer: o frango continua perdendo (feio) da inflação.