Em 2015, apenas os cortes contribuíram para aumento das exportações de carne de frango

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Como, no último mês do ano, os embarques de carne de frango tiveram desempenho atípico para o momento e acima das melhores expectativas, 2015 foi encerrado com um incremento de volume (+5,76% sobre o ano anterior, com novo recorde na história das exportações do produto) inesperado até novembro.

Entretanto, como apontam os dados da SECEX/MDIC, apenas um dos quatro itens exportados pelo setor contribuiu para essa expansão: os cortes de frango, cujo volume aumentou 12% no ano. Com isso, os cortes responderam por quase 60% do total exportado, o segundo melhor resultado em uma década e só superado pelos 60,2% de 2006 (nesses 10 anos, as exportações de cortes corresponderam, em média, a 54,7% do volume total).

Entretanto, a contribuição dos cortes para o aumento do volume global teve seu custo. Representado pela maior redução do preço médio entre os quatro itens exportados. Ou seja: o preço médio do frango inteiro recuou menos de 5%, o dos industrializados e da carne salgada caiu cerca de 16% e 18%, respectivamente, e a redução enfrentada pelos cortes ficou próxima dos 21%.

Mesmo isso, porém, não diminuiu a importância dos cortes na receita cambial da carne de frango: o valor registrado correspondeu a 56% da receita total, ficando acima da média alcançada nos últimos 10 anos – 54,6%.

Sob esse aspecto, aliás, também o frango inteiro registrou aumento de participação em relação à média decenal: 32,1% do total para uma média de 31,8%.

Já a carne de frango salgada e os industrializados tiveram redução de participação frente à média 2006/2015. Nesse período eles responderam por, respectivamente, 6,7% e 7% da receita cambial total. Em 2015 esses índices recuaram, também respectivamente, para 6,2% e 5,7%.