Diversificação de clientes garante constância nos embarques de carne de frango

Brazilian Meat Monitor e Informa Economics FNP, adaptado pela equipe feed&food

Atualmente o Brasil exporta carne de frango para mais de 150 países. Muito diferente do mercado de carne suína, que está lentamente diversificando os mercados que atinge, mas ainda num passado recente dependia basicamente de vendas para poucos países como Rússia e Hong Kong. A indústria processadora de carne de frango tem condições de colocar a sua produção em praticamente todos os mercados do mundo. Essa diversidade de clientes é fundamental para garantir constância nas exportações, evitando que problemas econômicos pontuais de determinados mercado prejudiquem os negócios, como acontece com relativa frequência e geram fortes transtornos nas programações de produção das indústrias.

Outro fator que vem contribuindo para o crescimento das exportações brasileiras foi o foco de Influenza Aviária na América do Norte, que gerou reação do mercado internacional. Situação que levou muitos clientes dos EUA, como México por exemplo, a buscarem novos fornecedores, e a forte competitividade do produto brasileiro fez com que esta oportunidade fosse aproveitada pelo produto nacional.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo e um entre os vários motivos dessa liderança é também a sua grande produção de grãos que são a base das rações animais. O Brasil nunca produziu tanta soja e tanto milho quanto na última safra 2014/15, batendo recorde em ambas. Essa situação é um fator de competitividade muito relevante da avicultura do País.

“O frango brasileiro é muito competitivo em termos de qualidade e preço. É uma cadeia que está diretamente ligada a cadeia de grãos, a nossa produção é verticalizada”, comentou o analista da Informa Economics FNP, Aedson Pereira.

Pereira ainda destaca que por ter um ciclo muito mais curto, se comparado a produção de carne suína e bovina, na avicultura é possível ajustar a produção fácil e rapidamente as flutuações de demanda evitando-se assim grandes oscilações de preços que geram desconforto ou para produtores ou para consumidores.

Países com importações menores também estão se destacando entre os mercados compradores de carne de frango do Brasil. É o caso da Coreia do Sul, para onde foram embarcadas 6,5 mil toneladas – volume 64% maior se comparado ao mesmo período de ano passado. O crescimento dos embarques para o México foi ainda maior, de 102%, com 3 mil toneladas. São ainda quantidades relativamente modestas, mas indicativas da competitividade do produto brasileiro em todo o mundo.

Entre os grandes compradores, destaque para a China, que comprou 33% a mais de carne de frango na comparação com setembro de 2014, com total de 26,8 mil toneladas exportadas. Os dados são da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA, São Paulo/SP).

No Oriente Médio, a Arábia Saudita (maior importador de frangos do Brasil) e os Emirados Árabes Unidos (quinto maior) contribuíram para o resultado praticamente estável em setembro. Foram exportadas 63,2 mil toneladas no período, volume 10% maior em relação ao mesmo mês de 2014. Para os Emirados Árabes, foram vendidas 23,7 mil toneladas, volume 7% maior na comparação com o mesmo período do ano passado, informou ABPA em nota para imprensa.

As exportações brasileiras de carne de frango cresceram 4,8%, no acumulado do ano, sobre 2014, com total de 3,186 milhões de toneladas. A receita em reais somou R$ 17,3 bilhões, número 26,6% superior ao adquirido no mesmo período de 2014.



Data da Notícia: 27/10/2015
O SINDICARNE / ACAV / AINCADESC utiliza cookies para a geração de estatísticas nos acessos do site, essas informações são armazenadas em caráter temporário exclusivamente para esta finalidade. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com o monitoramento.