DF: pesquisa constata quebra de 50% no milho

Canal Rural

O governo do Distrito Federal criou a expedição Safra Brasília. O objetivo é fazer um levantamento completo da realidade da produção de grãos e viabilizar políticas publicas especificas. Os técnicos visitaram mais da metade das lavouras de milho segunda safra e constataram perda de 50% na produtividade.

O levantamento revelou que 77% dos produtores definem o tipo de adubação com base na análise de solo, 45% acreditam que o clima é que mais contribui para a produção de soja e 14% afirmaram que têm dificuldade de acesso ao credito.

No questionário que foi apresentado para os produtores rurais, chamou atenção a resposta para a pergunta sobre quais as fontes de informação usadas na hora de vender a safra. O Canal Rural está entre as principais referências.

“O preço da cooperativa, a informação da bolsa e o Canal Rural aparecem entre as três fontes mais citadas pelo produtor na hora de tomar decisões. Isso demonstra uma confiança na informação que tem sido veiculada pelo Canal Rural”, diz José Guilherme Leal, secretário de Agricultura do Distrito Federal.

Nesta expedição pelo estado foi registrado o prejuízo da segunda safra de milho por causa da seca. A produtividade caiu de 130 para 58 sacas por hectare, e o prejuízo passa de R$ 119 milhões. E o secretario de AAgricultura já estuda decretar estado de emergência no DF.

“A quebra vai ser acima de 50% na segunda safra. Por isso, a secretaria vai fazer um posicionamento oficial junto com a Emater, divulgando esses dados e trabalhando a possibilidade da edição de um decreto declarando emergência para a região agropecuária. Tudo decorrente do impacto muito forte da ausência de chuva principalmente no mês de abril”, afirma Leal.

Só assim vai ficar mais fácil renegociar a dividas dos produtores rurais. “Em regra geral, o produtor faz as operações de custeio, mas tem também as operações de investimentos: a compra de uma máquina ou tecnologia. Nesse momento, ele tem também uma necessidade de fazer uma prorrogação dessas operações de investimento”, conclui Arnaldo Ramos, superintendente do Banco de Brasília.