Suinocultura Industrial
O mercado de suínos está vivendo um período oscilante, onde as previsões tornaram-se tão instáveis quanto o preço do animal que, se vinha numa onda crescente, nos últimos dias mostra um total desequilíbrio. A Bolsa de Suínos do estado de São Paulo, realizada nesta segunda (11/07), sinalizou referência com comercialização entre R$ 3,41 a R$ 3,52/Kg vivo. Já em Minas Gerais, a negociação entre representantes dos produtores e frigoríficos ocorreu de forma acirrada e ficou acordada em R$ 4.
Minas Gerais
personalidades, fotos atualizadas
O presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de MG (ASEMG), Antonio Ferraz, ressaltou que o mercado daquela praça é bom e essa queda acentuada é resultado da oferta vinda de outras regiões. “Como nosso mercado sempre foi bom, o excesso de oferta o desequilibra. Mas, se antes estava em recuperação, agora voltamos ao vermelho”, sinaliza.
O prejuízo dos suinocultores mineiros está em torno de R$ 80 por animal – onde o custo de produção é R$ 4,80. “Não podemos ser pessimistas e estamos confiantes que em curto prazo vai haver uma recuperação devido ao segundo semestre (onde a tendência é melhorar) e também porque vai faltar animal nas próximas semanas, visto que o pessoal está diminuindo o plantel, além de que os animais do sul estão chegando mais leves”, diz.
A próxima reunião Bolsa mineira ocorrerá na sede da AFRIG (Rua Paracatu, nº 1026, sala 401 / Bairro Barro Preto, Belo Horizonte – MG). A mudança do local da reunião ocorreu devido a um evento que vem ocorrendo no Parque de Exposições da Gameleira.
São Paulo
Na praça paulista a situação também é delicada. Se na semana passada fechou sem nenhuma referência, nesta a comercialização ficou entre R$ 64 a R$ 66 /@ (posto frigorífico com pagamento em 21 dias). Ferreira Junior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS/CSP) ressalta que o mercado se manteve calmo, sem grandes alterações em relação ao final da última semana.
Porém, o tempo prolongado da atual crise continua preocupando o setor. “Os produtores estão chegando ao limite de suas condições financeiras e técnicas”, conta Ferreira. “Está passando da hora de recuperação nos preços. A permanência do atual quadro levará o setor primário da cadeia produtiva da carne suína a atingir uma verdadeira ‘quebradeira’, afirma.
“Como representante desta classe, jamais convivi com tamanho desequilíbrio. O suinocultor brasileiro não merece passar pelo que está passando", desabafa Ferreira Júnior.
Análise de Mercado
Nesta semana, apenas as praça do Ceará e Mato Grosso do Sul mantiveram seus preços. Nas demais localidades, o valor do animal vivo registrou queda