Desempenho do ovo no primeiro decêndio de agosto

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Ainda que permaneça com preços aquém dos registrados no primeiro semestre do ano, entre 9 de fevereiro e 9 de abril (período que abrangeu a Quaresma e um breve período pós-Páscoa), o ovo viveu melhores momentos no primeiro decêndio de agosto corrente, obtendo duas pequenas altas quase consecutivas – as primeiras em seis meses de estabilidade e/ou baixas.

Porém, o que mais pesa aqui não é o valor do ajuste obtido e, sim, o fato de ele ser um ponderável indicador das condições do mercado. Que, após meses entre estável, calmo e fraco, enfim dá sinais de firmeza – o que, de certa forma, representa oposição ao que é normal em agosto, mês em que, habitualmente, se registra algum retrocesso em relação ao mês anterior.

Como, porém, a reação do ovo ocorre concomitantemente à do frango, tudo indica que o setor sujeitou-se à mesma situação observada na avicultura de corte (menor alojamento de pintainhas de postura um ano atrás), daí uma menor oferta de ovos neste mês de agosto.

Claro, a firmeza atual recebeu forte impulso da semana de pagamento de salários e, principalmente, do retorno do ano letivo (retomada da merenda escolar). Mas os indícios são de menor oferta, o que parece dar sustentação à continuidade da situação atual.