Avisite
Na terceira (quarta?) semana de junho o frango vivo comercializado no interior de São Paulo obteve, em relação à semana anterior, valorização que mal passou de oito centavos.
Ainda assim, o período ficará marcado como a melhor das 25 semanas iniciais de 2013. Porque foi quando se registraram as primeiras altas do corrente exercício.
Claro, as análises agora se concentrarão no fato de que, em apenas quatro dias, o frango vivo registrou aumento de mais de 10% - “um absurdo se considerarmos que a inflação do mês deve ficar bem abaixo de meio por cento”.
Ou seja: como sempre ocorre, será ignorado o fato de que, a despeito desse “absurdo”, a atual remuneração oferecida ao produtor permanece 33% abaixo daquela alcançada no início do corrente exercício, sem que tenha ocorrido concomitante redução de preços. Pelo contrário.
Mas a melhor indicação da situação enfrentada pelo produtor ainda é obtida através das médias. Por elas se verifica, por exemplo, que a despeito do aumento na semana, o preço médio de junho se encontra 1,38% aquém do registrado no mesmo mês do ano passado, além de permanecer como o menor valor dos últimos 13 meses.
Como, nos seis dias de negócios faltantes para o encerramento do mês e do corrente semestre, o preço atualmente registrado tende, no mínimo, à manutenção, sem riscos de novos retrocessos, o mês tende a ser encerrado com pequena variação positiva em relação a junho de 2012.
Mas esse ganho, além de ser inferior à evolução da inflação registrada em 12 meses, continuará mantendo o frango vivo com um preço nominal inferior ao registrado, por exemplo, quatro anos atrás, em junho de 2009. Quer dizer: o frango mantém-se, historicamente, com preços reais decrescentes.