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Como se previa, o frango vivo comercializado no interior paulista passou pela segunda semana de abril (9 a 15, cinco dias de negociações) alheio ao melhor momento de comercialização do mês e à aproximação da Páscoa – em tempos agora remotos, uma das datas de grande consumo do ano.
Isso significa dizer que, ao encerrar a primeira quinzena do mês, permaneceu com o mesmo valor “referencial” atingido no último dia de março: R$2,50/kg. “Referencial”, explica-se, porque lá como cá negócios por valores inferiores continuaram sendo realizados.
As preocupações, agora, se voltam para as duas semanas finais do mês – 11 dias de negócios entremeados por mais um desses “feriadões”. Que, tem sido demonstrado, reduzem ainda mais o já lento ritmo da economia.
No ano passado, a cotação do frango vivo continuou inalterada duas semanas após a Páscoa (a data foi comemorada em 27 de março), após o que se iniciou processo de desvalorização que, em 17 dias, levou a uma perda de preço de mais de 10%.
Em 2017 é mais difícil que isso ocorra porque, conforme o próprio setor produtivo, os alojamentos anteriores de pintos de corte levaram em conta os “feriadões” de abril. Assim, parece ter ocorrido melhor adequação ao menor número de dias de abates e, assim, a tendência lógica é (ou era) o preço atual permanecer inalterado até a virada do mês.
O único senão desse planejamento é que não se contava, nesse meio tempo, com o surgimento de uma estabanada operação da Polícia Federal (que, por sinal, completa hoje um mês). Ou seja: embora hoje diluídas, as influências da “operação” ainda podem afetar o consumo e influenciar a evolução de preços do frango vivo.