Desempenho do frango vivo em novembro e nos 11 primeiros meses de 2015

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Visto que apenas no primeiro dia de negócios de novembro o frango vivo comercializado no interior paulista operou com preço diferenciado (R$3,05/kg, no dia 3), a média alcançada no mês ficou muito próxima dos R$3,10/kg, valor que prevaleceu pelos demais 23 dias de transações e proporcionou valorização de 3,86% sobre o mês anterior e de 15,81% sobre novembro do ano passado.

Aliás, por falar no penúltimo mês de 2014, durante todo o transcorrer deste último novembro prevaleceu o temor de que se repetisse o comportamento de um ano atrás, ocasião em que o mercado - após permanecer firme e com preço estável durante a maior parte do período - enfraqueceu e sofreu fortes baixas no final do mês, encerrado com perda de cerca de 7,5% em apenas cinco dias.

Felizmente, porém, isso não ocorreu e, em decorrência, o décimo primeiro mês de 2015 registra, também, a maior média de preço nominal já obtida pelo setor. O que – ressalve-se – não contém nenhum mérito ou significado especial, porquanto dois anos atrás, entre setembro e boa parte de outubro de 2013, o frango vivo foi negociado por R$3,00/kg. Assim, a valorização nominal atual, pouco superior a 3% após mais de dois anos, continua representando forte perda em relação à inflação do período, superior a 17%.

Está claro, no entanto, que todas as comparações a serem feitas levarão em conta o ano de 2014. Pois então é bom que fique claro que, a despeito da forte valorização – que é recente e só experimentou significativa aceleração nos últimos meses – o preço médio registrado nestes primeiros onze meses de 2015, da ordem de R$2,57/kg, se encontra apenas menos de 6% acima do que foi observado no mesmo período de 2014 (R$2,43/kg). Quer dizer: o ganho real continua negativo (a inflação supera os 10%) e não será reposto neste dezembro, último mês do ano.

De toda forma, é inegável que o ano vai sendo encerrado com resultados bem acima das expectativas que prevaleciam no início do período e dos resultados que persistiram nos cinco primeiros meses do ano. Ou seja: só em junho é que vieram os primeiros sinais de reversão, intensificados no decorrer do segundo semestre. Com isso, e consideradas as médias de maio e novembro (R$2,17/kg e R$3,10/kg, respectivamente), o frango vivo obtém melhora de mais de 40% no seu preço no curto espaço de seis meses.

Se parte desse ganho advém da forte valorização da carne bovina e do boi (comportamento típico da entressafra da carne), outra parte deve ser creditada à menor presença, no mercado internacional, do segundo maior “player” mundial da carne de frango – os EUA, afetados por inédito surto de Influenza Aviária, mas que já dão indícios de que devem se autodeclarar livres do problema.

Ou seja: um dos fatores favorecedores do firme desempenho do frango vivo tende a perder força no curto ou médio prazos. Mas isso não vai impedir que 2015 seja encerrado com resultados senão ideais, ao menos satisfatórios.

frango vivo



Data da Notícia: 01/12/2015
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