Desempenho do frango vivo em março de 2014

Avisite

Como esteve toda concentrada na segunda quinzena do mês (reajuste superior a 11% em pouco mais de uma semana), a reação desencadeada pelo frango em fevereiro passado levava a crer que novos e significativos avanços ocorreriam no decorrer de março – ou, pelo menos, a partir do Carnaval tardio de 2014.

Mas não foi isso que ocorreu. A cotação de R$2,50/kg alcançada no interior paulista na última semana de fevereiro permaneceu inalterada durante 22 dias, ou seja, até 18 de março. E só no dia seguinte, 19 (isto é, novamente na segunda quinzena), é que houve breve ajuste de cinco centavos, valor que se manteve até o final do mês.

Foi pouco frente ao esperado. Mas, ainda assim, a cotação média do mês alcançou o melhor valor do ano, recompondo-se em relação a janeiro e fevereiro. Mas foi só e é muito pouco. Pois, por exemplo, em relação ao que se alcançou em novembro de 2013, quatro meses antes, o ganho não chega a 1%. E, nesse espaço de tempo, custos e inflação acumularam índices de evolução bem superiores.

Não só isso. Em relação a março de 2013 o preço médio do frango vivo continuou negativo (pelo quinto mês consecutivo) em relação ao mesmo mês do ano anterior. Em decorrência, o preço médio registrado no trimestre inicial de 2014, da ordem de R$2,44/kg, acumula perda de 14% em comparação à média do mesmo trimestre de 2013.

Uma vez que a cotação alcançada nos últimos 13 dias de março tende a manter-se no decorrer de abril corrente, sem o risco (pelo menos aparente) de sofrer retrocessos, pela primeira vez desde novembro do ano passado o preço médio do mês irá superar o que foi registrado no mesmo mês do ano anterior.

Mas que ninguém se engane com esse ganho. Pois ele irá decorrer, apenas e tão somente, da forte desvalorização experimentada pelo frango vivo em abril de 2013, ocasião em que o preço médio do produto recuou mais de 20% em relação ao mês anterior.