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Anunciada há vários meses, a redução na produção brasileira de carne de frango parece ter-se efetivado. Pois só isso explica o fato de, em agosto, o frango vivo (base: preço ao produtor no interior de São Paulo) ter, nominalmente, alcançado o maior valor de todos os tempos, desempenho observado também com o frango abatido.
Embora suas cotações tenham recuado no final do período, ocasião em que o mercado se tornou extremamente fraco (ocorrência natural em todo final de mês, mas que vem se exacerbando à medida que o ano avança), o frango vivo registrou em agosto valorização mensal de 7,16% e anual de 17,08%, alcançando no mês valor médio pouco superior a R$3,16/kg.
Claro, esse resultado não tem nada de excepcional. Sobretudo se considerado que nove meses antes, em novembro do ano passado, o produto foi negociado, em média, por R$3,10/kg. Ou seja: a inflação acumulada anda por volta de 6% e o preço do milho, mesmo em decréscimo, aumentou mais de 30%. Mas o ganho de preço do frango, desde então, sequer chega a 2%.
De toda forma, foi um avanço. Em especial se levada em conta a situação do mercado consumidor, em contínua e crescente deterioração. Mas se, assim mesmo, o preço alcançado no mês continua sendo insuficiente para repor as perdas até agora acumuladas, será natural concluir-se que a redução efetivada deve continuar. Aliás, talvez deva, até, ser intensificada.