Notícias Agrícolas
As cotações para o frango se mantiveram estáveis na sexta-feira (09). No últimos dias, as principais praças de comercialização trabalharam sem alterações, segundo o levantamento semanal realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Na última semana, o cenário foi de recuo de preços, devido ao período do mês de desaquecimento da demanda.
Com isso, a cotação em Minas Gerais segue com o maior valor de referência dentre as principais praças de comercialização. Segundo dados da Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais), os negócios estão sendo realizados em R$ 3,30/kg. Em São Paulo, a cotação é de R$ 3,10/kg.
Com o feriado de Dia da Independência, na quarta-feira, o mercado teve semana de negócios lentos, o que contribui para a estabilidade de preços nos últimos dias. Apesar disto, para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a tendência segue de alta nesta primeira quinzena.
“A expectativa ainda é por reajustes durante a primeira quinzena de setembro, período que conta com boa fluidez de negócios”, sinaliza.
No atacado, o cenário foi de positivo em São Paulo, segundo explica a Scot Consultoria. “As vendas foram mais ativas e, como as empresas possuem pouco estoque, houve valorizações”, explica o boletim.
Já o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) explica que os preços da carne na Grande São Paulo atingiram recordes nominais, com a cotação do resfriado na média de R$ 4,62/kg e o congelado, de R$ 4,60/kg. Nas demais regiões, o cenário também foi de alta, apesar de não chegar a patamares recordes.
“As valorizações continuam atreladas à tentativa de repasse dos elevados custos de produção e ao bom ritmo das vendas no mercado interno, reforçadas pelo período de início de mês (recebimento de salários)”, apontam os pesquisadores.
O Centro também aponta que as cotações do milho tiveram retração na última semana, trazendo uma melhora ainda mais do cenário aos avicultores. “A pressão veio da colheita, que está na reta final, e da retração de compradores, que recebem o cereal já contratado e ajustam o consumo de acordo com a efetiva necessidade”, aponta o boletim semanal do Cepea.