Comportamento pós-Páscoa do frango abatido frustra expectativas de reativação

AviSite

Foi sem dúvida equivocada a leitura feita pelo AviSite no início desta semana acerca das perspectivas de mercado do frango abatido e, por decorrência, do frango vivo.

O que se julgava fosse uma reação de mercado antecipada, na verdade não passou de movimento típico das antevésperas de feriados (neste caso, os de Páscoa), ocasião em que os compradores se municiam para um período em que vendas e entregas se tornam escassas.

O fato é que, depois de ter encerrado a quarta semana de março com os preços valorizados em relação à semana anterior (fato raro para esse momento do mês), o frango abatido voltou a sofrer redução de preços (como é típico de todo final de mês). Assim, encerrou março valendo, nominalmente, 8,2% menos que no início do mês.

As perdas são mais drásticas quando comparadas ao pico de preços deste ano. Assim, tomados os valores alcançados em meados de fevereiro passado, quando o frango abatido alcançou a marca, inédita, dos R$4,00/kg, a redução chega aos 18,5%. Isso, em pouco mais de 40 dias.

Naturalmente, os preços até aqui alcançados se mantiveram acima dos observados no mesmo período de 2015, o que fez com que registrassem, no primeiro trimestre, incremento médio de 12%, o suficiente para cobrir a inflação do período.

Mas isso, todos sabem, é totalmente insuficiente para cobrir o aumento de custos enfrentado no trimestre. O resultado ficará mais visível no próximo mês, quando os grandes frigoríficos do setor começarem a divulgar o balanço dos três primeiros meses de 2016.