Granoeste
Depois de um início de sessão positiva, os preços da soja acabaram sucumbindo à pressão vendedora e fecharam com perdas nos futuros de Chicago nesta quarta-feira (16/06). A inversão de projeções climáticas anteriores e a ocorrência de chuvas nestes dias em extensas áreas do Meio Oeste é o principal fator de pressão sobre os preços. Óleos concorrentes, como óleo de palma e de canola, vem perdendo força nos últimos dias e também repassando certo peso para a soja.
Fechamentos: julho a U$ 11,56, queda de 13,5 cents/bu e novembro, a U$ 11,3850, perda de 10,75 cents/bu. Momentaneamente, as previsões de condições climáticas adversas para as principais regiões produtoras dos EUA estão afastadas.
Com melhores chuvas, por ora também as temperaturas tendem a se manter em níveis mais adequados. Em análises mais recentes, os modelos apontam melhora das chances de chuvas para as próximas semanas nos estados centrais de produção. No decorrer, no entanto, é preciso avaliar a extensão e a intensidade das
precipitações.
Por outro lado, as previsões climáticas de mais longo prazo seguem apontando calor intenso e possibilidade real de redução das precipitações. O período mais crítico para evolução das lavouras ocorre a partir de 15 de julho. O fato é que todos os participantes estão de olho nos boletins meteorológicos, procurando por sinais de irregularidades à frente.
É uma temporada na qual os preços voltaram a ganhar alta sensibilidade em razão da intensa quebra ocorrida no Brasil e na Argentina e pela consistência da demanda. Por isso, esta temporada promete ser uma volta ao passado, à safra 2012/13 e até mesmo a outras anteriores, quando os participantes viveram em toda a intensidade o “mercado climático”, com expressiva volatilidade nos preços.
Esmagamento
A demanda de soja segue firme não somente no segmento exportador, mas também pela intensidade do esmagamento. De acordo com a Associação das Indústrias, o volume processado pela indústria norteamericana em maio ficou cima do esperado, totalizando 4,16 milhões de tons. Em abril o volume ficou em 4,02 milhões de tons.
Mercado interno
Mercado doméstico e regional segue muito travado. As indicações de venda, cada vez mais altas, caminharam no sentido inverso das intenções de compradores – os quais tiveram uma formação do preço prejudicada pelas perdas na bolsa norte-americana e no câmbio. Indicações de compra no oeste do estado, entre R$ 92,00 e R$ 93,50, dependendo do momento do dia, do local de embarque e do prazo de pagamento. No porto de Paranaguá, indicações de compra entre R$ 96,00 e R$ 98,00 por saca.