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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta quarta-feira, 30, que a Câmara Técnica do Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) aprovou o aumento da disponibilidade de milho para a venda balcão nos armazéns do Sul e Nordeste. Com isso, o governo disponibilizará 160 mil toneladas de milho nestas regiões, mas mantém o limite mensal de 6 toneladas por produtor. Nilo de Sá, diretor executivo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), explica que a medida auxilia os pequenos e médios produtores dessas regiões, mas não atende o pleito levantado pelo setor, que é de aumentar o limite de compra dos produtores para pelo menos 27 toneladas por mês. “A ABCS reconhece o esforço que o Ministério vem fazendo para amenizar os elevados custos de produção. No entanto, ressaltamos que o limite de 6 mil quilos por mês não supre a necessidade dos mesmos”, afirma.
O diretor esclarece ainda que, mesmo com o grão mais próximo dos produtores nos armazéns regionais da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), a quantidade ofertada não é economicamente viável. “O benefício que essas 6 toneladas trazem para a produção, não compensa o gasto que os produtores têm para deslocar esse volume, mesmo estando próximo aos armazéns”, acrescenta. O coordenador-geral de Grãos, Fibras e Oleaginosas do Mapa, Silvio Farnese, informou que apesar das 160 mil toneladas do grão estarem sendo disponibilizadas para as regiões Sul e Nordeste, nada impede, que produtores de outras regiões também sejam beneficiados com a medida. Além disso, a validade da venda a balcão de milho ainda depende de publicação no Diário Oficial da União.
Em conversa com representantes do Mapa, a ABCS teve o posicionamento de que o pleito para o aumento do limite por produtor ainda está sendo levantado pelo Ministério junto à Ciep. “Tivemos um retorno do Mapa de que nosso pleito será discutido já na próxima reunião do Conselho. A ABCS continua acompanhando o desdobramento do pedido e nossa expectativa é que o setor receba esse benefício, que é fundamental para a sobrevivência de muitos produtores”, completou Nilo de Sá.